“Indivíduo que vive do roubo e anda fugido à perseguição da Justiça. Malfeitor. Pessoa que é pouco honesta ou tem mau caráter”.
Pode parecer a descrição “daquele que não deve ser nomeado”, mas é apenas a definição de “bandido” nos dicionários. Incrível a semelhança, né?
Dito isso, fico pensando que os que defendem, ou perdoam, ou são coniventes com “vocês sabem quem” são, na grande maioria dos casos, os mesmos que defendem a máxima: “Bandido bom é bandido morto”.
Será que eles continuam defendendo essa tese? Sim, porque até eles sabem que se trata de um bandido. Chamam-no até de “meu malvado favorito”!
Ah, pode ser que, como a indignação seletiva é o forte desse pessoal, “bandido bom é bandido morto” não se aplica ao homem branco, rico e parlamentar.
Tem aquela outra frase, que eles devem achar uma pérola: “Direitos humanos para humanos direitos”. Fico pensando o que é, para eles, “um humano direito”. Um “humano direito” pratica evasão de divisas, desvia dinheiro, sonega impostos, falsifica documentos, comete fraudes, se deixa corromper?
Difícil entender a cabeça dessas pessoas. Nenhuma batidinha de panela ressoa. Ninguém tira a camisa verde e amarela da CBF do armário. Ninguém grita de suas janelas: “vadio”, “vagabundo”, “filho da puta”!
Nada.
E o discurso – vocês lembram – era: “Chega de corrupção! Chega de bandidagem”!
Alguns até disseram que iriam atrás dele, depois que ela caísse. A mulher está praticamente fora, e “vocês sabem quem” continua ali, impávido. Mandando e desmandando, com seu sorriso de vilão e uma ficha criminal de fazer inveja aos piores bandidos, de colarinho-branco ou não, já nascidos por estas terras.
Mas é preciso ser justo com “aquele que não dever ser nomeado”. Ele não está sozinho. A grande maioria dos seus colegas, 59,1%, responde ou foi condenada em processos por irregularidades fiscais, eleitorais, trabalhistas ou por crimes diversos. Há quem esteja respondendo a nada menos que 48 processos, incluindo a acusação de usar trabalho escravo.
Então, fico pensando o que as pessoas que foram às ruas “contra essa roubalheira que está aí” vão comemorar quando chegar ao fim todo o processo. O fim da corrupção é que não é. Mas isso é um detalhe para indignados seletivos. Porque, para eles, bandido bom é bandido meu amigo ou que pelo menos compactue com as minhas ideias.
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