Na semana passada, contei aqui na coluna sobre um curso gratuito de Libras. Não imaginei que tantas pessoas estivessem interessadas em aprender o idioma dos surdos. Foram diversos e-mails de pessoas pedindo o contato dos responsáveis pelo curso, pessoas buscando orientações sobre as aulas e querendo esclarecer outras dúvidas a respeito do curso e do idioma. Tinha pensando em abordar outro assunto, mas o apelo foi tão grande que resolvi responder alguns questionamentos aqui.

Em relação às novas turmas, a Kátia Galuppo, que é a coordenadora, me contou que, apesar de existir a intenção em criar uma nova turma, por ora, não há data estabelecida para que isso ocorra. De todo modo, a mobilização foi tão intensa, que acredito que em breve teremos novidades. Aguardem!

Também na última coluna, coloquei que o curso de Libras Básico I, no Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez de Belo Horizonte (CAS-BH), era pago. Eu errei, e a boa notícia é que ele também é gratuito.

No CAS-BH são 300 vagas por semestre, com turmas pela manhã, à tarde e à noite, e em dias alternados de semana, para que os alunos possam cursar as aulas de acordo com a disponibilidade. São 180 horas de aula, o que corresponde a um semestre.

As vagas para o segundo semestre de 2019 vão ser abertas na última semana de maio, e as inscrições devem ser feitas pelo portal da Secretaria de Estado de Educação (www.educacao.mg.gov.br/). Não há taxa de matrícula nem mensalidade. O material para o curso é emprestado, e, por isso, também não é pago. Fiquem atentos ao prazo!

Recebi também algumas perguntas sobre o tempo gasto para se aprender Libras. Essa é uma pergunta difícil de responder. Eu não sou especialista em neurociência nem em linguística, mas sei que tempo de aprendizado é algo muito subjetivo, ou seja, varia de acordo com cada pessoa e conforme o tempo que ela dedica ao estudo daquele idioma.

Minha experiência como eterna aprendiz do idioma é: pratiquem sempre! Idiomas são conhecimentos vivos, ou seja, estão sempre se atualizando, se modificando. Tirem como exemplo o português: quantas gírias e expressões surgiram nos últimos cinco anos? E quantas saíram de moda nesse período? Na Libras também acontece assim.

O idioma, além de acompanhar as mudanças do mundo, precisam criar novos sinais para poder falar de todos os assuntos, sejam eles política, esporte, cultura e entretenimento. Vale destacar também que, assim como o português, existem regionalismos, ou seja, sotaques. Alguns sinais que usamos aqui no sudeste são diferentes no norte, no centro-oeste… É o caso da mandioca, que em alguns lugares é conhecida como aipim e em outros como macaxeira.

Praticar nunca é demais, e conhecer mais da Libras oferece a oportunidade de conhecer mais gente e de fazer novos amigos. Vale a pena!