Elzo trocou a contabilidade pelo futebol. Estudava em Pinhal, no interior paulista, e foi levado para o Pinhalense, onde se tornou jogador de futebol. Assim, foi negociado com o Internacional de Limeira, onde se destacou, antes de vir para o Atlético, em 1983. Não foi fácil ganhar um lugar no time tendo jogado como lateral-direito. Mas ele parou Joãozinho em um clássico contra o Cruzeiro e se deu bem no time do Galo.
Chegou a jogar como atacante, mas acabou se firmando como volante e ocupou a posição que foi de Toninho Cerezo. Por ser muito esforçado, Elzo era considerado um operário. No Galo, foram 140 partidas e dez gols. “Em um time que tinha Nelinho, Zenon, Jorge Valença, Everton, Renato, eu era capitão. A maior alegria da minha vida foi ter jogado nesse clube”, conta o ex-jogador.
Na Copa do México, em 1986, foi titular da seleção brasileira disputando posição com Douglas, Andrade, Batista, Falcão e Cerezo. Enfrentou também o bairrismo da crônica esportiva do Rio e de São Paulo.
Mas as críticas se transformaram em incentivo, e Elzo disputou todos os jogos. Foi dos poucos que se salvaram naquela seleção comandada por Telê Santana. Foi considerado um dos melhores da Copa. Vestiu a camisa 19 e deixou craques no banco. Depois do Mundial, aceitou pedido de desculpas de vários críticos.
Portugal. Não demorou muito, Elzo foi negociado com o Benfica, contra sua vontade, pois queria continuar no Galo. Ficou duas temporadas em Portugal e voltou ao Brasil para jogar no Palmeiras. Antes de encerrar carreira, defendeu Catanduvense, Catuense e Caldense.
Atualmente, Elzo mora em Machado, no Sul de Minas, onde administra sua empresas. Ele diz que espera voltar a trabalhar no futebol.
Técnicos do interior sem chances em BH
No último domingo, o treinador Wantuil Rodrigues esteve comigo no programa Super Histórias, da rádio Super Notícia FM, e o bate-papo com ele foi bem bacana. Dentre vários assuntos que comentamos, Wantuil considerou estranho que os treinadores que trabalham no interior de Minas não têm oportunidade de trabalhar no Atlético e no Cruzeiro, ao contrário do que acontece no futebol do Rio Grande do Sul.
Outra figura que fez história no futebol mineiro, o ex-ponteiro Catatau, que jogou no Atlético na década de 1980, também participou do programa. O ex-jogador falou da importância do Galo na sua carreira como atleta profissional.
Neste domingo (5), ao meio-dia, mais um imperdível Super Histórias estará no ar, nas ondas da Super, no 91,7. Então eu te espero lá.