TRIGUEIRINHO

A diferença entre santificação da vida e divinização da matéria

Redação O Tempo


Publicado em 02 de setembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Os assuntos que trataremos ao longo do texto – o serviço grupal na superfície da Terra nesta época de transição, os diversos núcleos sutis dedicados à elevação da qualidade de vida e outros – são como peças de um mosaico cujo desenho completo só pode ser divisado quando deixamos de nos ater às partes e penetramos o conjunto.

De maneira surpreendentemente rápida e harmoniosa, apesar dos tempos de tão grande desordem disseminada pelo planeta, um certo grupo teve a oportunidade de começar a viver algo incomum. A proposta, fundamentada no contato com o mundo interior e na busca de expressão de padrões de conduta elevados, exigia a nossa oferta, tão inteiros quanto possível, ao cumprimento de desígnios superiores. Vimos, logo de início, que naquele lugar onde se desenvolvia o trabalho poderia ser a realização das aspirações que nos moviam, dentre as quais se destacavam a convivência com os vários níveis e dimensões da existência, e a atuação como instrumentos de divinização da matéria. Não tínhamos ideais utópicos, mas a determinação de ir ao encontro das metas que irão consumar-se na humanidade como um todo numa etapa futura da Terra.

Foi necessário compreendermos a diferença entre santificação da vida e divinização da matéria. Por ter sido dinamizada no período em que a polaridade masculina do planeta estava mais ativa e os processos de ascensão enfocavam o nível individual, a busca da santificação da vida – como propalada pelas religiões – está imbuída de um sentido de elevação no qual os seres são preservados de desvios e estimulados em seu próprio progresso espiritual. Já a divinização da matéria vem sendo impulsionada agora em que a polaridade feminina começa a fazer-se sentir em toda a face da Terra. Está relacionada com um estado intrinsecamente universal, pois a essência divina é una, embora tome as mais variadas formas.

Para participar da divinização da matéria, o ser precisa transcender a si mesmo, precisa estar unificado com uma realidade mais ampla que a sua evolução pessoal. Não cabem aqui a mortificação e a autoflagelação acentuadas por certos métodos de “santificação” do passado, mas a pura entrega ao Plano Evolutivo. Por meio do serviço abnegado e do autoesquecimento, as transformações ocorrem no ser sem que delas ele tenha de cuidar diretamente.

Divinizar a matéria é entrar em sintonia com a essência da Criação, é perceber seu propósito maior e concretizá-lo no mundo formal. Para isso, deve-se estar, em grau suficiente, desidentificado da vida pessoal. Não é ainda um caminho a ser trilhado por todos, e muitos entre os que optam por ele tendem, com o tempo, a se distrair com aparências e a retornar ao estado em que aspectos meramente humanos assumem importância. Na nova consciência há neutralidade e imparcialidade do ser para consigo mesmo e para com os fatos externos da existência terrena. Fica tão esquecido de si e tão em paz que, embora cuide de tudo com esmero, nada lhe parece complicado ou difícil. Para chegar a esse estado, a chave principal é ser simples. 

Na verdade, ignoramos a profundidade dessas duas pequenas palavras e, por isso, muitas vezes deixamos de nos aproximar do mundo interno. Essa simplicidade e a persistência no cumprimento de uma meta em benefício de todos são portais de uma vida nas quais manifestações sutis se mostram com a mesma espontaneidade dos fatos rotineiros.

 

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