Referência singular na cena teatral mineira, o ator Odilon Esteves, 30, é de umasensibilidade que impressiona. Seja pela forma como constrói seus personagens ou no próprio dia-a-dia, o ator guarda consigo uma capacidade de olhar omundo com extrema delicadeza, o que diz ter herdado, em parte, das canções de Chico Buarque.
Integrante da Cia. Luna Lunera, Odilon atualmente está em cartaz com o incensado espetáculo "Aqueles Dois", mas volta e meia se envolve também com outras linguagens. Na televisão, seu trabalho de estreia foi a travesti Cintia, na minissérie "Queridos Amigos". Recentemente, encarou a missão de interpretar Riobaldo, personagem do romance "Grande Sertão: Veredas",emumespecial para a TV Record.
Natural de Novo Cruzeiro - próximo a Teófilo Otoni - Odilon se considera uma pessoa caseira e só costuma arrastar o pé do lar para ir ao cinema - outra paixão. Fora isso, gosta mesmo é de cozinhar com os amigos. E, claro, fazer teatro.
Batismo
Esses óculos eu usei para interpretar o Frei Ivo, no filme "Batismo de Sangue", minha primeira experiência em longa-metragem. A história me interessou por se passar na Ditadura Militar. E adorei conhecer o Frei Beto, ele éumgrande humanista.
Infância

Esse quadro foi uma prima que pintou de mim. Acho que é a referência mais forte da existência do meu pai, porque eu sempremevestia assim para irmos juntos à roça.
Olhar

Esse é o programa do primeiro show do Chico Buarque que fui. Conheci suas músicas aos 13 anos e foi impressionante como eleme ajudou a construir um novo imaginário, a olhar o mundo com muita delicadeza.
Arte
Minha vontade de ser artista começou com os circos que iam à minha cidade. Durante anos, eu e alguns amigos construímos no quintal de casa um cirquinho de lona que chamamos de "Cirquinho Colorido."
Lembrança

Dei aula no colégio Arnaldo por dez anos. Lá, conheci pessoas muito legais e ganhei presentes superdelicados, como esse. Foi um período em que aprendi muito, tive uma troca muito rica e intensa com esses tantos alunos que conheci.