Em um dos movimentos mais importante do mundo da moda nos últimos ano, a Prada anunciou nesta quinta-feira (10) a aquisição da Versace por US$ 1,4 bilhão. O negócio marca a união de dois dos nomes mais tradicionais da moda italiana e reforça a ambição da Prada de se consolidar como uma potência global.

A Versace pertencia ao grupo Capri Holdings, que também controla marcas como Jimmy Choo e Michael Kors. A venda acontece pouco tempo depois do anúncio da saída de Donatella Versace da direção criativa da grife fundada por seu irmão, Gianni Versace — um marco simbólico para o reposicionamento da marca no cenário internacional.

Embora a Capri tenha adquirido a Versace por US$ 2,1 bilhões em 2018, a venda atual apresenta um desconto considerável. Reportagens anteriores já indicavam uma desvalorização da marca, impulsionada pelas recentes incertezas do mercado e pelas tarifas que afetaram o setor de luxo global.

A operação também fortalece o portfólio da Prada, que já inclui a Miu Miu — eleita a marca mais desejada de 2024, segundo rankings do setor. Com isso, o grupo se posiciona de maneira mais competitiva frente aos conglomerados franceses que dominam o mercado de luxo, como a LVMH (dona da Louis Vuitton e Dior) e a Kering (controladora da Gucci, Balenciaga e Saint Laurent).

Mais do que uma simples fusão, a compra sinaliza um novo capítulo para a moda italiana. A expectativa agora gira em torno dos próximos passos criativos e estratégicos da nova fase da Versace sob a gestão da Prada — e do impacto que essa movimentação terá em todo o ecossistema do luxo global.