Os atendimentos do SAMU a crianças de 0 a 11 anos vítimas de engasgo caíram no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 33 casos de Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE). Já no mesmo intervalo de 2024, o número chegou a 42 ocorrências. A redução representa cerca de 21% menos atendimentos em apenas um ano. Apesar da queda, a média mensal de casos permanece praticamente estável: 6 em 2025 contra 7 em 2024. O cálculo é feito considerando a diferença de casos entre os períodos (42 em 2024 e 33 em 2025), dividida pelo total inicial. Assim, a queda de 9 registros equivale a uma diminuição de aproximadamente 21%. Engasgos continuam preocupando Mesmo com a diminuição, especialistas destacam que o problema continua sendo um dos principais motivos de acionamento do SAMU para crianças pequenas. A maior vulnerabilidade está entre os menores de três anos, que ainda não possuem total controle motor e podem engolir pedaços grandes de alimentos ou pequenos objetos. A importância de saber agir O SAMU alerta que a resposta imediata dos cuidadores é decisiva. Em muitos casos, a criança chega estável porque houve um primeiro atendimento adequado. Mas quando a família não sabe como agir, o risco de complicações é muito maior. Prevenção e primeiros socorros Para reduzir os riscos, o SAMU recomenda: •Evitar alimentos como pipoca, castanhas e balas duras para crianças pequenas; •Cortar frutas, carnes e legumes em pedaços menores; •Manter atenção redobrada a brinquedos com peças pequenas; •Em caso de engasgo, ligar imediatamente para o 192 e, se possível, realizar manobras de desobstrução até a chegada da equipe. Educação salva vidas Para os profissionais de saúde, os números mostram que a conscientização das famílias está avançando, mas ainda há muito a ser feito. “Quanto mais pais e cuidadores souberem identificar e agir diante de um engasgo, mais vidas poderão ser salvas”, reforça a equipe do SAMU Macro Norte. Texto por: Ana Flávia Moreira Supervisionado pela jornalista: Leila Santos