Reeleito para a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, rechaçou, nesta quarta-feira (4 de dezembro), qualquer desconforto provocado pela troca de Antonio Carlos Arantes (PL) por Gustavo Santana (PL) na 1ª Secretaria da Mesa Diretora. Santana é a única novidade na composição da Mesa eleita nesta quarta, em plenário, às 10h, para o biênio 2025-2026.
Tadeuzinho pontuou que os membros da Mesa são indicados pelos próprios partidos. “Isso é apenas uma questão interna do partido, que tem de indicar. Indicou um novo nome e nós estamos muito gratos com a entrada do deputado Gustavo Santana na Mesa neste momento”, apontou o presidente da ALMG em coletiva à imprensa após a recondução.
Líder de um dos blocos da base do governador Romeu Zema (Novo), Santana articulou a candidatura à 1ª Secretaria às vésperas da eleição. O deputado, que é filho do ex-deputado estadual e ex-deputado federal José Santana (PL), reuniu o apoio de seis dos 11 parlamentares da bancada do PL. Caporezzo, Coronel Henrique, Delegada Sheila, Marli Ribeiro e Sargento Rodrigues o apoiaram.
Em contrapartida, Arantes, que queria a recondução à 1ª Secretaria, teve o apoio dos cinco restantes. Não endossaram o apoio a Santana Bruno Engler, Coronel Sandro, Eduardo Azevedo e Alê Portela, que está afastada da Secretaria de Desenvolvimento Social. Sem apoio dentro do próprio PL, Arantes sequer registrou a candidatura, de forma avulsa, para o cargo na Mesa, o que levaria todos os deputados a escolher entre um e outro.
Tadeuzinho agradeceu a Arantes pelo desempenho à frente da 1ª Secretaria. “Um cara do bem, correto, experiente também nesta Casa, mas, agora, a 1ª Secretaria será representada pelo Gustavo Santana, nosso deputado também, que é outro experiente, que tem uma ótima relação com todos os deputados”, disse o presidente, que, na oportunidade, estava ao lado dos seis integrantes eleitos da Mesa.
O movimento de Santana foi uma resposta ao apoio de Arantes à articulação de Engler para assumir a liderança de um dos blocos da base de Zema. Desde o início da legislatura, em 2023, o posto é ocupado justamente pelo futuro 1º secretário. Diante da possibilidade de perder o cargo, Santana, então, se articulou entre os correligionários para ter outro.