A frota de ônibus que transporta servidores e visitantes na Cidade Administrativa deve ser reduzida ainda esta semana, após anuncio do governo de Estado que cerca de 7 mil servidores ficarão de home office, devido aos problemas nos elevadores dos prédios Minas e Gerais na Cidade Administrativa, que foram desativados. Funcionários das linhas de ônibus específicas da sede do governo estadual, agora, relatam medo de serem demitidos, assim como aconteceu na pandemia da Covid-19.
A Cidade Administrativa é abastecida por ônibus MOVE das linhas 6030 e 6031, pelo ônibus metropolitano 416R, e por três linhas específicas: a linha 01, exclusiva para servidores, que liga a sede do governo à Estação Vilarinho; a linha 02, disponível para todos os públicos e que circula apenas dentro da Cidade Administrativa; e a linha 642, também disponível para todos os públicos e que parte da Estação Venda Nova para a Estação Vilarinho e, em seguida, para a Cidade Administrativa.
O TEMPO questionou o governo de Minas Gerais sobre quantos ônibus compõe a frota e quantos devem parar de rodar, mas não recebeu retorno. Dois motoristas, entretanto, informaram à reportagem que são cerca de 16 ônibus, e que eles já foram adiantados que metade deve ficar na garagem.
Sentados no ponto de ônibus vazio, sem nenhum passageiro à vista, os motoristas contaram que, nos horários de pico, o comum é transportar cerca de 70 servidores. Nesta terça-feira (14), entretanto, a média estava sendo duas pessoas por veículo.
Com isso, há o medo da demissão. Um deles disse foi demitido na pandemia, depois que a frota foi reduzida para apenas dois ônibus. O outro havia sido transferido para trabalhar na garagem com manutenção. Desta vez, ainda não há respostas sobre o que vai acontecer, já que a expectativa é que os servidores só voltem ao trabalho presencial em 2025.
Entenda
Na última sexta-feira (10), o Governo de Minas informou a suspensão do expediente presencial para os servidores que atuam nos prédios Minas e Gerais da Cidade Administrativa. A medida ocorre, segundo o governo do Estado, em virtude da necessidade de paralisação do uso dos elevadores sociais e privativos dos prédios.
As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Um laudo, concluído em março de 2024, apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino".
Cerca de 8 mil servidores foram liberados para trabalhar remotamente, mas o governo anunciou que está estudando formas de mudar a distribuição dos servidores nos prédios para tentar viabilizar o retorno dos funcionários ao serviço presencial.