O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) criticou o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pelo aumento dos preços da gasolina e do diesel, previstos para ocorrer a partir deste sábado (1º de fevereiro). Em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta quarta-feira (29 de janeiro), o parlamentar pontuou que o reajuste não partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ocorre por conta do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual.

A mudança em relação ao ICMS foi aprovada em novembro do ano passado, em reunião do Confaz, por todos os governadores. O conselho é formado pelas secretarias de Fazenda, Finanças e Tributação dos estados brasileiros.

“(O Confaz) reúne cada representante de cada estado para poder ferrar com o povo. Vocês dão sorte de eu não ser governador do meu estado, porque se eu fosse governador, eu não deixava, não levaria representantes para poder reunir e, em vez de poder ajudar o povo, é sempre para ferrar com o povo”, disse Cleitinho no vídeo. Na legenda da publicação, o senador diz que o Confaz é um “órgão de bando de canalhas e cretinos”.

Conforme o parlamentar, apesar do aumento estar previsto para ocorrer no dia 1º de fevereiro, ele está observando que postos de combustíveis já estão subindo os preços. Desta forma, Cleitinho informou que irá acionar o Ministério Público para notificar as distribuidoras que estão alterando os preços antes da data prevista.

“Vocês são canalhas, vocês são cretinos, eu vou para cima”, finaliza o senador.

A reportagem tentou contato com o Confaz e aguarda um retorno. O espaço segue aberto.

A alta no preço dos combustíveis vale para todo o Brasil e ocorre mesmo sem um reajuste da Petrobras. No caso da gasolina, a cobrança do tributo deve subir R$ 0,10, passando de R$ 1,37 para cerca de R$ 1,47 por litro. O salto, nesse caso, será de 7,14%. Já para diesel e biodiesel, o tributo subirá de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro, um crescimento de 5,31%.

“Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária”, já havia argumentado o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).

Com informações de Simon Nascimento