A tentativa de evitar um possível aumento na conta de luz por causa de mudanças na legislação, já aprovadas pelo Congresso Nacional, colocou do mesmo lado o presidente Lula (PT), o senador Cleitinho (Republicanos) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Os três são a favor de manter um veto do governo à proposta que obriga a compra de energia elétrica de determinadas fontes e que poderia aumentar o custo de produção nos próximos anos.

Nas redes sociais, o senador Cleitinho foi um dos primeiros a se posicionar a favor dos vetos do presidente Lula. “R$ 197 bilhões para poder beneficiar alguns amigos do rei e ferrar o povo brasileiro. O Lula fez certo e vetou, mas o Congresso derrubou o veto. Eu sou a favor do veto do Lula sim. Eu não sou aliado do Lula, mas sou a favor do povo”, enfatizou o senador de Minas Gerais em um vídeo divulgado logo após o início da análise da questão no Congresso. 

Neste sábado (21 de junho), ele retomou o tema nas redes sociais e afirmou que “a conta de luz ficará mais cara! Tudo para bancar jantar de 30 mil reais de políticos que usufruem de privilégios e comem nas custas do povo”, disse.

 

 

O deputado Nikolas, da mesma forma, fez questão de divulgar vídeo dizendo que votou a favor do veto do presidente Lula (PT). A divulgação veio após lideranças de esquerda terem colocado nele a responsabilidade pela derrubada do veto. “Fui a favor da manutenção do veto e isso pode ser facilmente visualizado no site do Congresso Nacional. Mesmo sendo opositor ao Lula, votei para manter o seu veto, simplesmente por coerência”, afirmou.

 

 

Mas quando circulou a informação de que a maior parte da bancada do PT no Congresso votou para derrubar o veto do próprio governo, Nikolas aproveitou para cutucar a base governista. “A esquerda me acusou de algo que eu não fiz (votar contra o veto de Lula), mas que eles sim fizeram”, disse. 

Como reação à derrubada do veto, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar uma medida provisória (MP) para compensar um eventual impacto bilionário na conta de luz.