Representantes do PT em Minas defendem uma composição com o PSD nas eleições para o governo do Estado em 2026 desde que seja indicada, principalmente, uma mulher petista como vice em eventual chapa com Rodrigo Pacheco (PSD) na liderança. Entre as possibilidades levantadas por vereadores, deputados estaduais e federais e dirigentes ouvidos pelo Aparte estão nomes como a deputada estadual Beatriz Cerqueira e as prefeitas de Juiz de Fora, Margarida Salomão, e de Contagem, Marília Campos.

Presidente da legenda em Minas, o deputado estadual Cristiano Silveira ressalta que a direção do partido tem “de fato uma simpatia por uma candidatura do senador Rodrigo Pacheco” ao governo de Minas, mas pontua que a sigla “ainda não avançou sobre as composições de chapa” oficialmente. “Particularmente, acho que o PT tem bons quadros para a composição tanto na vice quanto na chapa para o Senado Federal, mas é claro que precisamos, caso se esse cenário se concretize, trazer outras forças que também precisam estar na aliança majoritária”, diz Silveira. 

O petista também ressalta que as articulações ainda vão depender se Pacheco realmente se tornará candidato e quais seriam os nomes do partido à disposição para as costuras em uma eventual chapa.

Vice-líder do presidente Lula na Câmara dos Deputados, Rogério Correia defende que repetir uma aliança com o PSD estaria nos planos do partido e avalia que seria importante que a legenda considerasse indicar uma mulher como vice caso uma composição com Pacheco seja o caminho escolhido pela legenda.

“Claro que o PT precisa compor essa chapa e tem grandes nomes que possam fazer isso, grandes mulheres inclusive. Acho que é importante também esse quesito ser levado em conta. Temos a Marília Campos, a deputada Beatriz Cerqueira, como grandes nomes também para se apresentar em uma composição de chapa”, diz Rogério.

Novata na política, a vereadora Luiza Dulci também pontua a importância de que uma mulher seja colocada na composição de uma chapa para o governo de Minas. “Para nós é muito importante garantir um palanque para o presidente Lula aqui no Estado em 2026. Se for esse caminho, acho que tem muita água para rolar ainda, mas nós vamos procurar contribuir com os melhores quadros que nós temos. Minas Gerais não pode continuar como está, com um governo que não governa para os mineiros, que não tem prioridades sociais. A Marília seria um bom nome, temos outros nomes, inclusive de outras mulheres”, argumenta. 

Por sua vez, o presidente do PT de Belo Horizonte, Guima Jardim, afirma que a militância estará à disposição para apoiar tanto uma eventual candidatura própria do partido quanto uma composição do partido com Pacheco. 

“O PT é repleto de quadros capazes de intervir em Minas Gerais de forma progressiva para que o Estado volte a se desenvolver. Não tenho dúvida de que o PT vai cumprir seu papel. Sem dúvidas nós temos gente para colocar na chapa, para rodar o Estado, que conhece bem Minas Gerais. O PT conhece bem o Estado e pode contribuir muito no projeto nacional vencendo aqui em Minas, seja com uma candidatura própria ou com um grande aliado”, completa o dirigente.