A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), declarou que o governo de Minas Gerais “não tem saída” para a dívida com a União, senão a adesão ao Propag. Durante agenda com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Marcio Macêdo, a correligionária do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou as reações do governador Romeu Zema (Novo) desde os vetos ao programa. 

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Questionada pela reportagem de O TEMPO, Marília disse que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) vai “inviabilizar” o Estado. “Eu acho que o Governo do Estado não tem saída, ou então ele vai começar a desembolsar mensalmente uma quantia pra pagamento da dívida que vai inviabilizar o Estado. Ele tem que (aderir)”, declarou a prefeita de Contagem.  

Marília ainda relembrou que a aprovação ainda depende do apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e também mencionou o processo de federalização das estatais, além de mencionar a previsão de que o governo Zema só participe do programa no fim deste ano. “Ele (Zema) postergou a assinatura para o final do ano, aí ele começará a pagar um pouquinho mais tarde, mas acho que vai sair”, completou.

O ministro Marcio Macêdo também comentou a adesão de Minas Gerais ao RRF, defendendo que o governo federal tem “feito sua parte” e aguarda o de Minas. “Nós estamos fazendo nossa parte, agora está nas mãos do Governo do Estado, porque a gente tinha o compromisso que o Governo Federal tem com os estados brasileiros. (O Propag) foi colocado em prática, vamos aguardar, agora, qual vai ser a posição do Governo do Estado”, disse.

Pedido para Lula

A prefeita de Contagem ainda relembrou um pedido feito ao presidente da República durante a última passagem dele pela cidade, em junho de 2024. “Quando Lula esteve aqui, eu falei: ‘ó, Lula, você tem que nos ajudar a resolver o problema da dívida do Estado e o Lula já arranjou a solução através do apoio do do Rodrigo Pacheco”, disse em menção ao ex-presidente do Senado. “Agora eu acho que, Minas Gerais, pelo menos aquela no pescoço que a gente tinha, não tem mais… desde que seja aprovado o Propag na Assembleia”, completou.