O ex-deputado federal Subtenente Gonzaga criticou a relação do governo de Romeu Zema (Novo) com os militares mineiros durante participação no Café com Política do Canal O TEMPO desta quinta-feira (27 de fevereiro). Em comparação com o ex-governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), o ex-parlamentar afirmou que o atual chefe do Executivo mineiro "ameaça direitos" do setor desde que assumiu o primeiro mandato, em 2018.
Questionado sobre a relação dos políticos com os militares, Gonzaga relembrou problemas da gestão do petista, mas enfatizou a má relação do atual governo. "Pimentel atrasou o salário, parcelou o salário, mas não ameaçou nenhum direito. Zema colocou o salário em dia, mas, desde a campanha de 2018, ele ameaça os nossos direitos. Zema entrou defendendo a reforma administrativa, entrou na recuperação fiscal e continua nos ameaçando na questão social, no tema da saúde", pontuou o ex-parlamentar.
Gonzaga relembrou o projeto de lei encaminhado por Zema para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais que, segundo ele, coloca militares em "risco grande". O texto, conforme relatado pelo ex-parlamentar, reduz a folha de gastos com pensão e saúde. De 16%, o valor iria para 1,5%, com cobrança de 3% para os militares na área da saúde. Já para a pensão, o valor cairia de 16% para 10% da folha. "Cada gestão fez um fluxo de caixa. Pimentel teve uma realidade, Zema outra... mas, do meu ponto de vista, Zema ameaça o direito desde a campanha de 2018", declarou.
O ex-deputado federal ainda afirmou que Romeu Zema é um líder "extremamente difícil" para diálogos. "Ele é aquela pessoa simpática. Se você chegar no ambiente que ele estiver, ele te cumprimenta. Quando eu estava no mandato, me cumprimentava até pelo mandato, mas não negocia, não senta para conversar, não respeita. Aliás, ele falou isso várias vezes. Ele não respeita a representação, ele não respeita a classe (militar)", sustentou Gonzaga.
O Governo de Minas Gerais foi questionado sobre as afirmações do parlamentar, mas, até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.
Entrevista concedida a Guilherme Ibrahim e Adriana Ferreira.