Após a “troca de farpas” entre o presidente Lula e o governador Romeu Zema (Novo) durante o evento da Stellantis, em Betim, na região metropolitana de BH, o petista procurou amenizar o clima na agenda seguinte, na fábrica da Gerdau, em Ouro Branco, região Central de Minas. “Eu trato ele (Zema) bem, porque eu gosto dele e sou republicano... Eu não quero saber de que partido é o governador, se ele foi eleito, ele tem que ser respeitado”, declarou Lula. 

Antes de baixar o tom, no entanto, o presidente pediu que Zema falasse sobre “quanto (o ex-presidente Jair) Bolsonaro colocou em Minas”. Isso porque, em seu discurso, o governador havia mantido o tom crítico ao governo federal.

“Posso olhar na cara do governador Zema e dizer que nunca antes teve um presidente que fizesse a quantidade de investimento que estamos fazendo em Minas Gerais, disse. “No próximo discurso, quero que ele (Zema) traga para mim quanto Bolsonaro colocou em Minas, para que a gente saiba”, alfinetou o presidente.

A primeira agenda em comum entre Lula e o governador mineiro, realizada na manhã desta terça, em Betim, foi transformada em confronto político. Diante de executivos do grupo, convidados e funcionários, o presidente e o governador criticaram direta e indiretamente a gestão um do outro durante os respectivos discursos, feitos após representantes do conglomerado anunciarem investimentos de R$ 30 bilhões no país.

Na segunda agenda, realizada na sede da Gerdau, em Ouro Branco, Zema manteve o tom crítico a governos petistas, enquanto Lula entrou com um tom mais ameno em relação ao anterior.