O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o Partido dos Trabalhadores possui nomes qualificados para disputar o governo de Minas Gerais em 2026 e que não há uma "ultra-dependência" do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), nome defendido pelo presidente Lula. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Café com Política, do canal O TEMPO, conduzida pela jornalista Adriana Ferreira. 

Correia destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem interesse na ampliação das alianças, mas reforçou que o PT também conta com opções próprias para disputar o Executivo estadual, caso Pacheco decida não concorrer ao governo estadual. "Aqui em Minas Gerais a gente precisa de boas alianças. O presidente Lula está com expectativa do Rodrigo Pacheco, mas o PT também tem bons nomes, precisamos de uma definição disso mais rápida, até para ter tempo de preparar novos nomes", afirmou.

Entre as opções do partido, Correia citou quatro lideranças femininas: "Marília Campos, que é a nossa prefeita em Contagem; Margarida Salomão, uma grande prefeita em Juiz de Fora; Beatriz Cerqueira, que é uma guerreira nossa; e Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos".

Além de Pacheco, o deputado também mencionou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), como outro possível nome para a disputa. "Ele é um companheiro da gente de toda hora e tem tido uma fidelidade ao presidente Lula muito importante, além de uma excelente atuação como ministro", completou.

Popularidade do Lula

Rogério Correia também comentou sobre a baixa popularidade do presidente Lula e os desafios para consolidar sua imagem junto ao eleitorado. Segundo o deputado, o governo federal precisa focar na entrega de obras e programas sociais para demonstrar avanços concretos. “O presidente precisa agora mostrar o que foi feito. Esse ano vai ser o ano da entrega e da colheita. Muita coisa foi feita, e agora inicia-se a oportunidade de entregar aquilo que construímos”, afirmou.

Correia ainda criticou a gestão anterior, e acusou o governo Bolsonaro de ter deixado o país sem planejamento para obras essenciais. “Nunca é demais ressaltar que o governo Bolsonaro deixou o Brasil destruído. Não tínhamos política pública nenhuma, e o presidente Lula teve de reconstruir todas. Um exemplo disso é o PAC, com obras de infraestrutura. As estradas não tinham absolutamente nada programado para elas”, afirmou. 

O parlamentar também ressaltou que o presidente deve viajar mais pelo país para divulgar as entregas do governo. “O presidente vai viajar mais, vai fazer as entregas, até para mostrar como estamos de fato reconstruindo o Brasil. Com isso, eu creio que o presidente recupera essa popularidade”, disse. Ele reconheceu que os altos preços dos alimentos são um problema para a população, mas defendeu as medidas tomadas pelo governo federal. “O que é obrigatoriedade do governo é saber aquilo que não está bem e enfrentar o problema. Fugir do problema nunca é solução”, concluiu.