Minas Gerais pagou, nesta quarta-feira (5 de março), a 6ª parcela do contrato de refinanciamento da dívida do Estado com a União, no valor de R$ 316 milhões; além de outros R$ 156 milhões referente a outras operações de crédito. Apenas em 2025, o governo Zema já teve que desembolsar R$ 1,17 bilhão para pagar o que deve ao governo federal, segundo dados divulgados pela administração estadual. 

Além do pagamento de parcelas da dívida que ainda estão vencendo, Minas Gerais precisa ainda quitar dívidas em atraso, no período em que o governo Zema pode suspender o pagamento com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Atualmente o pagamento da dívida com a União está sendo feito nos moldes do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Em 1º de outubro foram pagos R$ 286,7 milhões, em novembro R$ 291,7 milhões, em dezembro R$ 296,2 milhões, em janeiro R$ 303,7 milhões e em fevereiro R$ 392,98 milhões. A este valor, soma-se as dívidas que estavam previstas para vencer nestes meses e que não entraram no RRF.

Dados do governo mineiro estimam que a dívida do Estado com a União esteja próxima de R$ 165 bilhões. As parcelas da dívida atrasada voltaram a serem pagos por Minas Gerais em outubro, quando o governo aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A expectativa é que a administração estadual faça a adesão ao Propag, que foi construído com a participação ativa dos parlamentares mineiros, inclusive do senador Rodrigo Pacheco (PSD), então presidente do Senado, e que busca condições melhores de pagamento dos valores, com juros menores e possibilidade de abatimento das dívidas.

A oposição afirma que durante a gestão do governador Romeu Zema (Novo), as dívidas de Minas com a União cresceram cerca de 45%, saltando de R$ 114 bilhões para perto de R$ 165 bilhões. A oposição afirma que, desde que assumiu o cargo, o governador mineiro não pagou nada do que Minas devia e teria comprometido a sustentabilidade dos próximos governos.

Romeu Zema, no entanto, nega. Ele diz que continuou o pagamento de parcelas da dívida, ainda que não tenha pago o valor suspenso por decisão judicial. Segundo dados do governo mineiro, desde 2019, quando Zema assumiu o governo mineiro, foram pagos cerca de R$ 9 bilhões à União, em razão da dívida do Estado.