O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Juliano Lopes (Podemos) acredita que a participação do grupo político ligado ao secretário de Governo de Minas, Marcelo Aro, está contemplada na prefeitura. Isso ocorre por meio dos ex-vereadores Rubão (Podemos) e Marcos Crispim (DC), que estão à frente, respectivamente, da secretaria Municipal de Esportes e Lazer e da Coordenadoria Especial de Vilas e Favelas. Lopes falou sobre o papel da “Família Aro” na política de Belo Horizonte durante o programa Café com Política, exibido nesta quinta-feira (17 de abril) no canal do YouTube de O TEMPO.
Conforme Juliano Lopes, apesar do grupo político ter como líder Marcelo Aro, as decisões são coletivas. Frequentemente, os vereadores e deputados se encontram para debater as questões políticas mineiras.
“Eu sinto muito orgulho de participar de um grupo chamado família, que é um dos maiores grupos políticos dentro de Minas Gerais, onde não tem qualquer tipo de corrupção ou qualquer coisa de desonestidade desse grupo, e a gente conversa muito”, conta Lopes.
Questionado sobre a participação da Família Aro na Prefeitura de Belo Horizonte, o presidente da Câmara Municipal disse que o grupo está contemplado por meio das pastas que foram destinadas aos ex-vereadores Rubão e Marcos Crispim. Sem responder, diretamente, se o grupo é base do governo de Álvaro Damião (União), Lopes se limitou a dizer que o prefeito fez “um grande sinal” à Família Aro.
“A participação da família na prefeitura, a partir de um consenso, é aprovar projetos importantes para cidade de Belo Horizonte, negociar e debater as emendas parlamentares”, explica. “Caso a gente não concorde, a gente não pode ficar 100% com a prefeitura, nós temos o direito de debatermos.”
Com o pleito de 2026 se aproximando, Juliano Lopes pontua que a relação com a prefeitura não deve mudar. Ele lembra que, no mandato passado, o então presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (MDB), pretendia se candidatar ao Executivo municipal, o que teria interferido no elo entre os poderes. O atual presidente da CMBH diz ter colocado seu nome à disposição do partido para concorrer, por exemplo, como deputado estadual, mas que isso ainda está em discussão.