Em visita a São João del-Rei, no Campo das Vertentes, nesta segunda-feira (21 de abril), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PA), comentou sobre o PL da Anistia, projeto que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desejam pautar na Câmara dos Deputados para perdoar os crimes dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Apesar de ter se esquivado de falar se irá pautar o projeto e seu posicionamento direto sobre o assunto, o presidente da Casa pediu ao Parlamento que foque nos “problemas” do Brasil, como saúde, educação e segurança pública.

A declaração foi dada à imprensa durante evento em homenagem a Tancredo Neves, natural de São João del-Rei e primeiro presidente civil após o regime militar. A morte do político completa 40 anos nesta segunda.

“Eu penso que o Brasil tem muitos desafios. O Brasil tem pela frente muitos problemas a serem resolvidos que passam também pela discussão do Parlamento, e é nessa agenda que nós temos que focar. É gastarmos energia com aquilo que realmente vem a representar para o país avanços em muitos problemas que nós temos na saúde, na educação e na segurança pública, e peço que o Parlamento tem que focar na agenda que é o que realmente a população pede de nós nesse momento”, declarou Motta.

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou ainda que tem tratado do PL da Anistia em diálogo constante com as lideranças partidárias, o Senado Federal e outras instituições. “É um tema que, como todos sabem, divide a Casa. Eu tenho procurado na nossa gestão, de pouco mais de dois meses, conduzir a Casa com muita serenidade, com muito equilíbrio. E essa será mais uma discussão que nós vamos conduzir dessa forma, ouvindo a todos para que o Brasil possa sair dessas discussões mais forte”, completou.

A data também marca os 40 anos da redemocratização do Brasil, lembrada por Motta, que destacou que o país vive o período democrático mais longo de sua história: “Isso demonstra que nós sabemos qual caminho seguir para que o Brasil possa cada vez mais ser um país mais justo, um país mais próspero, onde o nosso povo, onde a nossa população possa escolher o que quer para o seu destino”, concluiu.