A vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida (Avante), criticou a falta de articulação entre o governo Zema e o governo Lula. De acordo com ela, o Hospital Regional da cidade está pronto para ser inaugurado, mas apenas “com as paredes” e sem os equipamentos necessários para o funcionamento imediato.Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta quarta-feira (2 de julho), Janete afirmou que uma “disputa política” teria prejudicado o andamento da obra.

De acordo com a vice-prefeita de Divinópolis, as obras do Hospital Regional do município vêm enfrentando problemas desde 2011, com diferentes paralisações ao longo dos anos. O governador Romeu Zema (Novo) retomou as intervenções por meio dos recursos da Vale, dentro do acordo do rompimento da barragem de Brumadinho. Entretanto, a operação ficaria sob responsabilidade do governo federal, que teria afirmado que precisará fazer adequações para que o equipamento entre em funcionamento.

“A expectativa, segundo o governo federal, tudo dando muito certo, é que (fique pronto) de abril a maio do ano que vem. Mas ‘tudo dando muito certo’, quando se trata do poder público, não põe muita fé. Então, o que eu estou fazendo e o que eu posso fazer enquanto gestora, é acompanhar os trâmites. Estou cobrando e sendo muito direta com a população”, afirma.

Na avaliação de Janete, uma “disputa política” teria interferido no andamento do projeto. Ela acredita que os problemas partem tanto do governo estadual quanto do governo federal.

“Eu acho que, a partir do momento em que eles determinaram que seria feita uma doação para o governo federal, já teria que ter sido feita uma doação com o passo a passo, com a compra-casada, com a entrega do hospital. Ou se a compra ficaria para a empresa que vai administrar para o governo federal, deveria ter sido feito da mesma forma. Isso me preocupa”, afirma a vice-prefeita.

Segurança pública

Durante a entrevista ao Café com Política, a vice-prefeita de Divinópolis também falou sobre a falta de apoio do Estado na área de segurança pública e cobrou maior investimento dos governos estadual e federal em tecnologia e monitoramento.

“A gente precisa de mais policiais e a gente precisa que o governo do Estado e o governo federal atentem que essa linha de financiamento para alinhar tecnologia tem que vir deles também. Os municípios não podem ficar com isso no colo sozinhos. A gente está ‘catando pratinha’, a gente está juntando dinheiro de recurso para poder fazer o serviço, que é obrigação do Estado”, argumenta.