O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o vice, Mateus Simões, ambos do Novo, ainda não se pronunciaram sobre a Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de quarta-feira (17/9). Os dois costumam se manifestar com frequência nas redes sociais, sobretudo ao se apresentarem como pré-candidato à Presidência e pré-candidato ao governo. Ainda assim, mais de 24 horas após o início das prisões e mandatos de busca e apreensão da PF, os dois ainda não se manifestaram.
A operação cumpriu mandados inclusive na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, após revelar esquema de órgãos ambientais do estado em prol de mineração ilegal. No dia da operação, o governador estava na Cidade Administrativa, enquanto Simões estava em Brasília para um encontro com a bancada do Novo. Institucionalmente, o governo de Minas se pronunciou por meio do secretário de estado de Comunicação, Bernardo Santos, em uma coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira.
Porta-voz do governo, o secretário anunciou o afastamento de servidores estaduais suspeitos de envolvimento em um esquema de mineração ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro em áreas de proteção ambiental no território mineiro, como a Serra do Curral, em Belo Horizonte, e a Serra de Botafogo, em Ouro Preto, na região Central. Um grupo de empresários contava com um esquema sistêmico de corrupção que envolvia o alto escalão de órgãos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), do governo de Minas, e da Agência Nacional de Mineração (ANM), do governo Federal.
Segundo Santos, parte dos servidores afastados nesta quarta-feira já era alvo de investigação interna. No caso do ex-presidente da Feam Rodrigo Gonçalves Franco, exonerado no último sábado, Santos atribuiu o afastamento de Franco à postura dele à frente da fundação, que estaria gerando “fofocas”. Já o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), João Paulo Martins, foi exonerado nesta quinta-feira (18/9).