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‘Adalclever prometeu cargo do secretário de Segurança’, diz ex-chefe de gabinete

Alberto Lage aponta que o ex-secretário de Governo teria oferecido cargo ocupado por Genilson Zeferino

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 05 de janeiro de 2022 | 13:44
 
 
 
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O ex-chefe de gabinete do prefeito Alexandre Kalil (PSD) Alberto Lage revelou que o ex-secretário de Governo Adalclever Lopes (PSD) teria oferecido a titularidade da Secretaria de Segurança e Prevenção enquanto o cargo já era ocupado por Genilson Zeferino. Lage concedeu entrevista, nesta quarta-feira (5), ao Café com Política, do Super N, na Rádio Super 91,7 FM. O ex-chefe de gabinete já havia denunciado que Adalclever ofereceria cargos na Administração Municipal sem o consentimento de Kalil.

O ex-chefe de gabinete reforçou as denúncias contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “(...) O secretário de Governo ofereceu cargo para vereador, combinou cargo com o líder de Governo – tenho, inclusive, a lista de currículos que me mandavam –, prometia cargo para todo mundo, e, depois, falava que o Alberto iria resolver. Chegou a um ponto absurdo de, certo dia, eu receber o contato de um vereador dizendo que o prefeito havia dito que as demandas eram comigo. E o prefeito não tinha falado nada comigo”, detalhou.

Lage ponderou que o problema, para si, não era prometer cargos, embora caibam questionamentos morais. “Agora, (Adalclever) prometia cargo que não existia, vaga em um salário que não tinha, cargo que estava ocupado. Ele prometeu o cargo do secretário de Segurança. Apareceu com um sujeito lá falando que era pra ser secretário de Segurança. O secretário, inclusive, ficou sabendo e não ficou feliz não, porque o cargo estava ocupado”, afirmou.

As acusações de Lage contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) levaram a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) a instalar duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar a conduta de Adalclever à frente da Secretaria de Governo. No entanto, tanto a CPI do Uso da Máquina Pública quanto a de Favores Pessoais e Política estão, até o momento, suspensas pela Justiça.

A O TEMPO, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pontuou que o assunto, passado, já foi respondido por Adalclever. O ex-secretário de Governo, por sua vez, negou a acusação. "Tudo o que ele (Alberto) falou é mentira. Ele está precisando se tratar. Ele deveria apresentar provas, que é o que não consegue fazer, para o que ele fala. O ônus da prova é de quem acusa conforme o artigo 156 do Código de Processo Penal", rebateu. 

Lage chegou a encaminhar ao Conselho de Ética da PBH uma denúncia contra Adalclever. O ex-chefe de gabinete lhe acusava de pressionar a agência publicitária Perfil 252 - fornecedora do Município - a realizar uma pesquisa eleitoral para sondar as intenções de voto de Kalil na eleição para o Governo de Minas. No entanto, o órgão concluiu pelo arquivamento da denúncia diante da ausência de elementos suficientes para prová-la

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