cartel de trens de São Paulo

Alckmin admite que deve trocar comando da CPTM

Segundo o governador do Estado, a substituição deve ocorrer após a conclusão das definições sobre a reforma do secretariado, prevista para a segunda metade do mês de dezembro

Por Folhapress
Publicado em 09 de dezembro de 2014 | 15:50
 
 
 
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 Após defender o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Mário Bandeira, das acusações de envolvimento no cartel de trens de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu, pela primeira vez, que deve trocar o comando da empresa.

"[A substituição] é provável", disse nesta terça-feira (9) durante evento de entrega da reforma do obelisco, monumento em homenagem aos soldados da Revolução Constitucionalista de 32, no Ibirapuera.

Bandeira foi indiciado pela Polícia Federal, na última quinta-feira (4), no inquérito que investigou esquema de fraude em licitações de trens entre 1998 e 2008, durante governos estaduais do PSDB. O diretor de operações da CPTM, José Luiz Lavorente, também foi indiciado.

"O doutor Mário Bandeira tem 41 anos de serviço público, é uma pessoa extremamente respeitada", disse o governador, neste sábado (6). O presidente e o diretor da companhia são os únicos servidores públicos da lista de 33 nomes elaborada pela PF que ainda estão nos respectivos cargos.

Todos os citados são investigados pelos crimes de corrupção passiva, ativa, formação de cartel, crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Segundo o tucano, a substituição deve ocorrer após a conclusão das definições sobre a reforma do secretariado, prevista para a segunda metade do mês de dezembro. "Estamos estudando primeiro as secretarias. Depois vamos ver as empresas", disse. O governador atribuiu a troca na presidência da CPTM à renovação do mandato.

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