A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) informou nesta sexta-feira (8) que vai reforçar a equipe que faz a segurança da deputada estadual Andréia de Jesus (PT), após ela receber um ataque de cunho racista.
Uma carta escrita à mão e enviada ao gabinete da deputada a chamava de “macaca”, “amiga de bandido” e “lixo de Neves”, em referência a cidade de Ribeirão das Neves. Desenhos de caveira e a suástica nazista também estavam na carta.
Segundo a ALMG, o presidente da Casa, Agostinho Patrus (PSD), pediu que a Polícia Militar reforce a proteção policial cedida a deputada.
“A escolta policial visa garantir a segurança da parlamentar em suas atividades diárias. O Poder Legislativo mineiro reafirma seu compromisso em assegurar o pleno exercício das funções de todos os membros da ALMG, bem como reconhece a importância do trabalho da deputada e de todos os demais parlamentares. A Assembleia Legislativa manifesta profundo repúdio às ameaças e ofensas racistas direcionadas à deputada Andréia de Jesus”, disse o Legislativo estadual em nota à imprensa.
Este é o segundo ataque recebido por Andréia de Jesus em poucos meses. Em novembro de 2021, ela recebeu ameaças de morte. “Seu fim vai ser igual ao da Mariele (Franco)/ Pra tu ficar de exemplo”, dizia uma mensagem enviada à deputada pelas redes sociais.
A ameaça ocorreu após a parlamentar pedir uma investigação sobre a atuação de policiais militares e da Polícia Rodoviária Federal em uma ação que resultou na morte de 26 pessoas em Varginha.
Segundo as forças de segurança, tratava-se de um grupo criminoso que se preparava para assaltar uma agência bancária na cidade.
Devido ao episódio, ela recebeu proteção especial da polícia. Porém, em março de 2022, a Polícia Militar retirou a escolta de Andréia de Jesus, que foi retomada logo em seguida.