De olho em 2026, partidos evitam mudanças nos diretórios em Minas e devem reeleger as chefias das legendas para se planejarem para as eleições do ano que vem. As executivas estaduais do PL e do Novo já reconduziram seus presidentes, Domingos Sávio e Christopher Laguna, respectivamente, enquanto outros partidos, como PT, PSD e PDT, podem seguir o mesmo caminho. O objetivo de não renovar as gestões, segundo dirigentes partidários ouvidos pelo Aparte, seria dar continuidade aos trabalhos iniciados nas eleições de 2024.
Ao contrário dos demais partidos, no PSD nem haverá eleição nos próximos meses, e o atual presidente estadual, deputado Cássio Soares, vai continuar no comando da sigla até, ao menos, o próximo pleito. De acordo com ele, o partido tem planejamento de seguir crescendo a reboque do avanço nas eleições de 2024, quando a legenda foi uma das que mais elegeram vereadores e prefeitos no Brasil. “(Vamos) aumentar nossa base de deputados federais e estaduais e participar também da chapa majoritária (seja com Pacheco), seja com outros nomes”, concluiu.
No PDT, a reeleição do deputado federal Mário Heringer é dada como certa. Enquanto ele continua como presidente estadual da sigla, não deve haver um candidato para disputar o cargo ainda em março, o que faz com que ele deva continuar no comando da agremiação. “Político, quando pega o osso, não larga. Se aparecer alguém, eu saio fora, mas não apareceu até agora. Enquanto isso, vou ficando”, comentou Heringer.
Em junho, acontecem as eleições para o diretório estadual do PT em Minas Gerais, quando uma nova diretoria será eleita pelos filiados ao partido. Apesar de ainda estarem incipientes, as discussões já vão se desenhando em uma possível candidatura à reeleição do atual presidente, o deputado estadual Cristiano Silveira. À coluna, ele admite que pode tentar se lançar novamente ao cargo, mas não quis comentar o pleito devido à distância até a eleição. Contudo, também é possível que grupos contrários à candidatura de Silveira se lancem na disputa, que não deve ter chapa única, como nos demais partidos. Um dos possíveis candidatos é o deputado estadual Ricardo Campos (PT).
Domingos Sávio, presidente estadual do PL, foi reconduzido ao cargo no último dia 12, em eleição com chapa única. De acordo com o líder do partido, o momento é de fortalecer a legenda para eleger bancadas maiores em 2026, com perspectiva de ampliar o número de deputados federais mineiros e deputados estaduais para ao menos 15 em cada uma das Casas legislativas. “Nossos princípios estão norteando a nossa gestão, e a gente fica feliz, porque não deixa de ser um reconhecimento do trabalho de todo o grupo”, destacou Domingos Sávio.
Christopher Laguna foi reeleito presidente do Novo, também em chapa única, no fim de janeiro, já com foco nas eleições de 2026. O principal objetivo do Novo no próximo biênio, segundo Laguna, é eleger o vice-governador Mateus Simões (Novo) como o chefe do Palácio Tiradentes, além de emplacar dois deputados federais por Minas Gerais e quatro deputados estaduais.
No PSB, não há reeleições para a executiva estadual, e as conversas para a escolha do novo líder do partido em Minas Gerais serão um acordo com a executiva nacional do partido. “É tudo um consenso, não tem nada definido, mas temos hoje o projeto da continuidade do trabalho”, ressaltou o atual presidente estadual da sigla, o deputado estadual Noraldino Júnior.