O ex-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) Julvan Lacerda (MDB) tem até a próxima terça-feira (20/2) para aglutinar o apoio de 930 prefeitos à candidatura à presidência da Confederação Nacional de Municípios (CNM) para o triênio 2024-2027. A meta de Julvan, que, embora seja o atual 1º vice da CNM, fará oposição ao presidente Paulo Ziulkoski, é colher 1.200 assinaturas até lá.
O objetivo é que, das 1.200, 350 sejam de municípios filiados à AMM, que já declarou apoio à candidatura de Julvan. O ex-prefeito de Moema, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, tem também o endosso de associações do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Exigidas pelo estatuto da CNM, as 930 assinaturas correspondem a 20% dos municípios filiados aptos a votar. Aliás, os critérios para a inscrição das chapas estariam incomodando o entorno de Julvan a ponto de serem apontados como obstáculos. O estatuto da CNM exige, por exemplo, que as assinaturas sejam de próprio punho, ou seja, não eletrônicas, e que as chapas sejam entregues em Brasília.
Como já mostrou o Aparte, a candidatura de Julvan é um recado a Ziulkoski, de quem, até pouco tempo atrás, era aliado. O grupo encabeçado pelo atual presidente está à frente da CNM há quase 30 anos, desde 1997. Antes de lançar a candidatura, o ex-presidente da AMM teria procurado Ziulkoski em busca de apoio, mas o ex-prefeito de Mariana Pimentel (RS) não teria decidido se seria ou não candidato.
Além dos municípios, Julvan ainda conta com o apoio do governador Romeu Zema (Novo), de quem se aproximou ao negociar a regularização dos repasses aos Municípios atrasados pelo governo Fernando Pimentel (2015-2018), e do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD). Inclusive, o ex-presidente da AMM está lotado no gabinete do senador.