Mesmo online, em meio à pandemia, a deputada estadual Marília Campos (PT) não deixa de prosseguir as articulações de sua pré-candidatura à Prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Considerada favorita para se eleger pela terceira vez prefeita do município, a petista agora concentra as atenções na busca por um vice para sua chapa.

O veterano vereador Arnaldo de Oliveira (PTB) é quem está articulando junto a ela o nome que pode compor chapa. Um dos favoritos até aqui é o também vereador Alex Chiodi (SD). Filho de ex-vereadora, o parlamentar é oriundo de uma família com tradição política na cidade e seria um nome importante para a articulação com a Câmara Municipal em um eventual futuro governo.

Segundo um aliado da deputada, apesar do favoritismo de Chiodi, Marília ainda não bateu o martelo em torno de seu nome. A deputada aguarda o desenrolar da pandemia, suas implicações em Contagem e mais pesquisas qualitativas. A última delas, realizada antes do agravamento do coronavírus, mostrou que Marília segue como a candidata mais viável no município.

O levantamento mostrou que a petista é bem vista na cidade até mesmo pelos bolsonaristas, apesar de seu partido. Na falta de outros nomes considerados experientes, uma parte dos apoiadores do presidente da República votaria em Marília por causa de suas administrações anteriores (2005-2012), consideradas positivas. A então prefeita deixou o cargo com 80% de aprovação popular.

Se o cenário mudar e houver uma radicalização do quadro político em Contagem, Marília Campos pode lançar mão de outra estratégia: ter um vice da área da segurança pública. Neste caso, despontaria como favorito o coronel Fiuza, hoje também pré-candidato a prefeito de Contagem. De maneira pragmática, seria uma maneira de atrair o eleitorado do presidente na cidade e neutralizar Professor Irineu (PSL), também deputado estadual e pré-candidato a prefeito.

Outros possíveis nomes de vices foram descartados pela petista. O ex-deputado Ricardo Faria, o ex-presidente da Ceasa Amarildo de Oliveira e os vereadores Pastor Itamar e Wellington Ortopedista chegaram a ser cogitados, mas as negociações não avançaram.

Desafeto de Marília, o atual prefeito, Alex de Freitas, eleito pelo PSDB, mas atualmente sem partido, não vai tentar a reeleição. Oficialmente, o discurso é que ele pretende “dar um tempo” na política e cuidar dos filhos pequenos e da mãe. Nos bastidores, porém, o que se diz é que Freitas estaria desanimado com as pesquisas de opinião, que o colocavam em um incômodo quinto lugar na luta pela prefeitura e com reduzidas chances de reeleição. O atual gestor do município ainda não anunciou se apoiará algum candidato, mas especula-se que Wellington Ortopedista seria o candidato de Alex no município.