O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) criou um grupo especial formado por promotores de Justiça com atuação na Defesa do Patrimônio Público e no Combate ao Crime Organizado para apurar e tomar providências em relação às ameaças atribuídas ao vereador Wellington Magalhães contra o promotor Leonardo Barbabela e ao colega Mateus Simões (Novo).

Matéria exibida pela TV Globo reproduziu áudios cuja autoria seria de Magalhães.

“Esse trouxa, babaca do Barbabela, que qualquer dia até a OAB tá rindo dele, na sexta entrou. Então é uma força, o que ele tá fazendo é uma força... entendeu como é que é? Ele sabe que com o Mateus... foi tudo orquestrado. Me chamar o que ele me chamou ali, por isso que um cara chega e morre aí por causa disso”, teria dito Magalhães na gravação reproduzida pela televisão.

O vereador nega que tenha ameaçado o colega e o promotor. Magalhães é suspeito de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações de publicidade na Câmara de Vereadores e que pode ter desviado R$ 30 milhões, segundo o MPMG. Ele também nega as acusações.

Cassação.  Magalhães usou o pinga-fogo da Câmara Municipal de Belo Horizonte para comentar a votação de hoje que pode abrir uma comissão processante na Casa para investigar um suposto ato de quebra de decoro parlamentar cometido por ele. 

Magalhães disse estar tranquilo em relação à votação e que o tema é a “mesmíssima” coisa do que foi apurado no ano passado, quando o plenário decidiu não cassar o mandato dele. O ex-presidente do Legislativo pediu, inclusive, que os demais colegas votem pela abertura do colegiado e deem início às investigações. “Peço a todos que votem ‘sim’ na votação de amanhã (hoje). Eu também vou votar ‘sim’”, disse.