Os atos terroristas em Brasília contra os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), nesse domingo (8), em Brasília, têm provocado manifestações de repúdio de associações nacionais setoriais. De entidades representativas da indústria química até aquelas associadas ao mercado financeiro e de capital, as associações têm reforçado a “perplexidade institucional” diante das ações.
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) afirma que a preocupação com “atos que agridam a Constituição, a paz e a ordem legal” se estende à possibilidade de bloqueios em estradas e eventuais ataques a refinarias. “Esse clima de desordem pode levar à fuga de capitais, investimentos e unidades produtivas, além de prejudicar a imagem do Brasil no exterior. Bloqueios em rodovias ou vias urbanas já demonstraram o grande prejuízo que trazem a todos, além de configurarem flagrante agressão ao direito de ir e vir”, pontua.
Já o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) aponta que as autoridades públicas precisam receber todo o apoio da sociedade e do setor privado. “A democracia brasileira oferece os instrumentos necessários para que a sociedade siga discutindo suas questões e chegando a acordos pacificamente, respeitando o próximo, as instituições públicas e a legislação”, registra, em nota assinada pelo diretor-presidente Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa e ex-ministro extraordinário da Segurança Pública do governo Michel Temer (MDB).
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) classifica os atos como “agressões ao patrimônio público nacional” e “violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito”. “As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas neste domingo em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”, ressalta nota assinada pelo presidente Isaac Sidney, ex-diretor do Banco Central.
A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) afirma que, mais que “uma gravíssima depredação às sedes dos Poderes da República”, os ataques são “atentados diretos à democracia e ao Estado Brasileiro”. “Os fatos deploráveis precisam ser apurados com total rigor e os responsáveis punidos dentro da lei. O respeito à Constituição e às instituições é imprescindível para que o Brasil avance nas questões sociais e econômicas”, diz a entidade, que congrega empresas que atuam no mercado financeiro e de capitais.
Além disso, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), por meio do presidente José César da Costa, declara que “as graves cenas de desordem e depredação ao patrimônio público nacional” causam perplexidade institucional. “A CNDL reitera a importância da estabilidade democrática do país, do respeito às leis e à Constituição Federal”, sintetizou.