pelos direitos humanos

Bolsonaro participa de vídeo que convoca para manifestação na Avenida Paulista

O ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo convocando apoiadores para manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo (26)

Por Renato Alves
Publicado em 23 de novembro de 2023 | 15:08
 
 
 
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo convocando apoiadores para uma manifestação na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, no próximo domingo (26), em defesa do “Estado Democrático de Direito”, dos “direitos humanos” e da “memória de Cleriston da Cunha”, o homem preso por participação nos atos de 8 de janeiro que morreu após um mal súbito na penitenciária da Papuda, em Brasília.

O ato de domingo é encabeçado pelo pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro. O líder evangélico tem atacado publicamente o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes. Ele os culpou pela morte de Cleriston.

“Quem vai parar o ditador da toga Alexandre de Moraes? Rasga a Constituição sucessivamente e agora um inocente paga com a vida pelo seu abuso”, escreveu Malafaia em uma das publicações no X (antigo Twitter), acompanhadas de vídeo atacando o ministro.

Em vídeo divulgado na tarde desta quinta-feira (23), Jair Bolsonaro aparece dizendo que apoia a manifestação de domingo. “Eu apoio”, é a única fala dele. Além do ex-presidente, aparecem Malafaia e parlamentares bolsonaristas, como o senador Magno Malta (PL-ES), e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) e André Fernandes (PL-CE). 

O vídeo começa destacando que se trata de uma “manifestação pacífica” e ressalta também a defesa do “Estado Democrático de Direito”. Esta é a primeira manifestação bolsonarista após o 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram alvos de depredação. Também é o primeiro ato do grupo em defesa dos direitos humanos e da democracia.

Bolsonaro, Malafaia e parlamentares bolsonaristas são investigados em inquérito sobre ameaças ao Estado Democrático de Direito, assim como todos os que foram denunciados pela ProcuradoriaGeral da República (PGR) por participação no 8 de janeiro, como Cleriston da Cunha, o homenageado na manifestação marcada para domingo. 

Com base em investigação da Polícia Federal, a PGR concluiu que, com os atos de 8 de janeiro, apoiadores de Bolsonaro visavam criar condições para uma intervenção militar para queda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fechamento do STF e do Congresso. Por isso, eles têm sido denunciados por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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