URNAS ELETRÔNICAS

Cabo Junio critica reação de Moraes sobre auditoria das urnas pedida pelo PL

Deputado federal reeleito por Minas disse não ter certeza de fraude, mas considera urnas suspeitas com base no relatório apresentado pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 23 de novembro de 2022 | 10:32
 
 
 
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O deputado federal reeleito Cabo Junio Amaral (PL) fez críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que ele se comporta como um 'moleque' e um 'político mau caráter'. O parlamentar se referiu à reação de Moraes ao dar 24 horas para que o pedido do PL de anulação dos votos de mais de 250 mil urnas em todo o Brasil no 2º turno se estenda, também, para o 1º turno das eleições deste ano. As críticas do deputado também se estenderam ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a quem o deputado chamou de 'capacho' de Alexandre de Moraes.

Cabo Junio Amaral disse não ter certeza de fraude, mas considerou as urnas suspeitas com base no relatório apresentado pelo Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL para fazer auditoria das urnas eletrônicas. O parlamenar afirmou que não vê problema em ter sido eleito em 2018 e 2022 e, ainda assim, desconfiar das urnas. "Estou preocupado com o futuro do país, muito mais do que a minha própria eleição. Se no primeiro turno eu perder, tudo bem", afirmou Cabo Junio Amaral durante entrevista para o Café com Política, no jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta quarta-feira (23).

Segundo o parlamentar, o ministro Alexandre de Moraes está querendo 'constranger' o partido e jogar os deputados eleitos contra o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, ao dar 24 horas para que o IVL inclua dados sobre o 1º turno das eleições no relatório apresentado na terça-feira (22) que pede a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 nas eleições de 2022.

Além disso, Cabo Junio Amaral minimizou que o Instituto Voto Legal seja pouco conhecido dizendo que as evidências daquilo que foi levantado pelo instituto são mais relevantes do que o próprio instituto. O deputado voltou a defender a PEC do Voto Impresso e afirmou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no momento dessa discussão, agiram como políticos no Congresso Nacional influenciando os parlamentares. Para o aliado de primeira hora do presidente Bolsonaro, as suspeitas sobre as urnas poderiam ser evitadas se o voto impresso tivesse sido adotado.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entraram com uma representação no TSE pedindo a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 no 2º turno das eleições de 2022. Eles alegaram que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nesses modelos. Além disso, a representação do PL cita o laudo técnico de auditoria feito pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, que teria constatado “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”.

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