O deputado estadual Professor Cleiton (PV) reiterou que o bloco de oposição ao governo do Estado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai discutir “exaustivamente” o projeto de reforma administrativa enviado pelo governador Romeu Zema (Novo). Apesar de apontar que existem muitas divergências a serem discutidas, o parlamentar considerou positivo o fato de o governo estar mais acessível ao diálogo com a Assembleia Legislativa. O parlamentar disse que, neste segundo mandato do governador Romeu Zema, um “clima mais brando” marca as negociações entre Legislativo e Executivo.
Inclusive, a novidade deste mandato foi elogiada pelo Professor Cleiton. “A equipe técnica do governo entendeu que alguns pontos da reforma administrativa geravam dúvidas no servidor, na população e nos parlamentares e esteve ontem na Assembleia para discutir esses pontos com o bloco de oposição”, ressaltou. Professor Cleiton adiantou que outras reuniões com o governo serão necessárias. No primeiro mandato de Zema, as relações entre Legislativo e Executivo foram marcadas por uma série de divergências que travaram as principais pautas do governo.
“Existem muitos pontos divergentes, mas, pelo menos desta vez, nós temos o governo se colocando na escuta para entender aquilo que nós pontuamos que não seria benéfico para o povo de Minas Gerais desta reforma administrativa”, pontuou o parlamentar durante entrevista para o programa Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (24/3). Segundo o Professor Cleiton, há muitos pontos a debater e o que se espera é que, “dentro do razoável” a reforma aconteça.
A oposição reconhece, segundo o parlamentar, que a reforma administrativa é importante, desde que ela não impacte negativamente as políticas públicas do Estado. A promessa do deputado é que a oposição vai convocar diversas audiências públicas, propor emendas e fazer sugestões.
O Professor Cleiton fez questão de fazer um elogio à equipe do Estado que esteve com a bancada de oposição ao governo para ouvir as ponderações entendendo, inclusive, que algumas pautas poderiam trazer sérios problemas para o governo e para os deputados. “Um exemplo seria a extinção da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam). Ficou claro para o governo que é uma pauta impopular e um erro histórico”, argumentou.
Já em relação à proposta de transferência da gestão da Rádio Inconfidência e da Rede Minas da Secretaria de Cultura e Turismo para a Secretaria de Comunicação. “Ontem o governo não conseguiu entender e nós vamos insistir porque a gente não vê com bons olhos essa proposta”, assinalou o parlamentar.