‘Chora, PT’, reage Moro após Gleisi criticar mudança de domicílio de Rosangela

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) rebateu neste sábado (9) a crítica feita pelo presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), sobre a mudança de domicílio eleitoral de sua esposa. Eleita por São Paulo, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) transferiu seu vínculo eleitoral para o Paraná. 

Na avaliação de Gleisi, o pedido foi motivado pelo julgamento que pode cassar o mandato de senador de Moro por suposto benefício irregular em sua filiação ao Podemos, antes de ir para o União Brasil. Ela declarou que a intenção do ex-juiz é colocar a esposa em seu lugar.

"Nem tem eleições no horizonte, mas é digno de nota o medo que o PT tem de Rosangela Moro. Chora, PT", publicou Sergio Moto no X (antigo Twitter). Na sexta-feira (8), Rosangela fez um post semelhante: "Chora Gleisi", escreveu ao compartilhar uma notícia.

O PT acionou a Justiça contra o pedido de domicílio eleitoral de Rosangela. O partido alega que esse processo não pode ser feito com o mandato em curso, como é o caso da deputada. A situação tramita na Justiça Eleitoral.

Para Gleisi, o pedido de transferência faz com que Moro e Rosangela deem "mais uma prova de seu desprezo pela população paranaense". "Quando pensavam estar na crista da onda, mudaram pra São Paulo, porque achavam o Paraná pequeno demais pra eles. Quando o plano de ser candidato a presidente deu com os burros nágua, o ex-juiz parcial teve de voltar correndo", disse na manhã de sexta-feira.

"Agora que vai ser cassado, por causa dos crimes eleitorais que cometeu, traz a mulher de novo, pra ser candidata na vaga dele. Desrespeito também com a população de SP que a elegeu deputada. São moralistas sem moral! Colocam seus interesses pessoais e de poder acima do interesse público. Nossa gente merece respeito!", acrescentou no X.

Às vésperas das eleições em 2022, Sergio Moro enfrentou problemas na Justiça ao tentar mudar seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo, como Rosangela fez. Na época, o pedido dele foi negado após um recurso também do PT. O entendimento foi de que ele não comprovou ter vínculos em SP.