CPI da Covid inclui senador governista na lista de possíveis indiciados

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) inclui o nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de pedidos de indiciamentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Heinze é aliado do presidente Jair Bolsonaro e defensor do governo federal na comissão.

O enquadramento é pela divulgação de informações falsas durante a pandemia. Por diversas vezes, o senador usou o microfone da CPI para relatar notícias que não têm respaldo científico. Nas reuniões, também exibia placas do "placar da vida", estratégia adotada pelo governo que ignora as vítimas e mostra quantas pessoas se recuperaram da Covid-19 na pandemia.

“Apesar as advertências, o senador Heinze reincidiu aqui todos os dias, apresentando estudos falsos logo negados pela ciência, e pela menira como incitou ao crime em todos os momentos, eu queria nessa última sessão dar um presente a Vossa Excelência. Vossa Excelência será o 81º indiciado desta CPI”, anunciou Renan.

A inclusão de Heinze no relatório foi feita de última hora. Renan atendeu a um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que, durante a sessão desta terça-feira (26) reservada para a votação do relatório final, afirmou que Heinze “dissemina informações falsas que impactam na vida” das pessoas.

“O senador Luis Carlos Heinze é um homem respeitado no Rio Grande do Sul. O que ele fala repercute na vida das pessoas. Essa CPI, a ciência, os livros, a imprensa, todos já apresentaram um volume imenso de informações que mostram que esses dados que o senador repete aqui são falsos”, destacou Alessandro Vieira.

Com a nova inclusão, a CPI vai enviar a diferentes instâncias da Justiça uma lista que sugere o indiciamento de 81 pessoas por ações ao longo da pandemia no coronavírus.

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