Assassinato

Lira diz que Câmara repudia violência política e pede paz nas eleições

Presidente da Câmara destacou que a 'campanha eleitoral está apenas começando' e que a democracia pressupõe tolerância e respeito ao debate de ideias e liberdade de expressão

Por Lucyenne Landim
Publicado em 11 de julho de 2022 | 10:10
 
 
 
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O presidente da Câmara, dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a instituição repudia atos de violência política e pediu paz para as escolhas individuais nas eleições. O deputado se manifestou nesta segunda-feira (11) por meio de nota oficial após o assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no Paraná, na noite de sábado (9). Ele foi morto pelo policial penal bolsonarista federal Jorge Guaranho.

"A Câmara dos Deputados repudia qualquer ato de violência, ainda mais decorrente de manifestações políticas. A democracia pressupõe o amplo debate de ideias e a garantia da defesa de posições partidárias, com tolerância e respeito à liberdade de expressão", disse Lira.

"A campanha eleitoral está apenas começando. Conclamo a todos pela paz para fazer nossas escolhas políticas e  votar nos projetos que acreditamos. Esta é a premissa de uma democracia plena e sólida, como a nossa", acrescentou o presidente da Câmara.

Crime no Paraná foi mtoivado por divergência política

O guarda municipal Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa com temática petista e com imagens de Lula na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), quando o local foi invadido pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho.

Conforme o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná, as testemunhas contaram que Guaranho era desconhecido de todos e não foi convidado. Ele chegou ao local em um carro e saiu do veículo armado gritando "aqui é Bolsonaro" e "mito", intimidando os convidados da festa, mesmo acompanhado da esposa e de uma criança de colo. 

A esposa de Arruda se identificou como policial civil e mostrou o distintivo, o que convenceu Guaranho a ir embora, mas ele retornou à festa sozinho depois de 20 minutos, de acordo com o boletim de ocorrência.

Arruda também se identificou como guarda municipal e resolveu pegar a própria arma, quando recebeu os dois primeiros tiros, disparados por Guaranho. Já ferido, o guarda municipal revidou com mais disparos e acertou o policial penal com pelo menos três tiros, ainda segundo o boletim de ocorrência. A esposa do guarda municipal relatou o pânico entre os convidados e o terror do episódio.

Os dois foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck. A imprensa local informou que o hospital confirma que Guaranho também morreu. Porém, a Polícia Civil, que havia confirmado a morte, retificou a informação e diz, agora, que ele está vivo e sob custódia, em estado grave, na unidade de saúde. O hospital local diz que só presta informações pessoalmente. 

Marcelo Arruda deixa esposa e quatro filhos, um deles um bebê de apenas 1 mês. Foi guarda municipal por 30 anos e nas eleições de 2020 se candidatou à prefeitura de Foz do Iguaçu. Os jornais locais não deram mais informações sobre a família e histórico político de Jorge José da Rocha Guaranho.

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