Congresso

Moro diz que PT e Centrão tentam criar CPI por medo de sua vitória

Pré-candidato do Podemos afirma que não atuou em caso relacionado a nenhuma empresa da Lava Jato em sua passagem pela Alvarez & Marsal

Por O TEMPO Brasilia
Publicado em 24 de janeiro de 2022 | 15:38
 
 
 
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O pré-candidato do Podemos à Presidência da República, Sergio Moro, afirmou que o PT e o Centrão têm medo de sua candidatura e do combate à corrupção e, por isso, tentam desgastá-lo com a ideia de criar uma CPI contra ele no Congresso Nacional. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) já afirmou que vai recolher assinaturas para que se forme um colegiado para investigar a contratação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça pela empresa Alvarez & Marsal. A alegação é que haveria um possível conflito de interesses na contratação de Moro para consultorias em processos de recuperação judicial de empresas processadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, onde o ex-juiz atuava.

"Essa CPI é medo de que volte o combate à corrupção no país. É simplesmente um ataque à minha pré-candidatura por quem tem medo. O Centrão tem medo, o PT tem medo. Porque a nossa proposta, diferentemente da do Lula ou do Bolsonaro, envolve a retomada do combate à corrupção", afirmou o pré-candidato em entrevista à TV Cidade Verde, do Piauí.

Sergio Moro voltou a negar ilegalidades em relação ao processo de contratação e afirmou que não atuou em casos envolvendo a Odebrecht, que foi alvo da Lava Jato.

"Inventaram essa CPI por motivos que não existem, não justificam e querem minar minha pré-candidatura. Eu tenho a consciência absolutamente tranquila. Eu não enriqueci como juiz, não enriqueci como ministro. Quando eu saí do serviço público eu fui trabalhar, fui contratado e fui trabalhar inclusive lá no exterior. E eu nunca trabalhei, isso está até no meu contrato, e nunca recebi um tostão de empresas relacionadas à Lava Jato. Se quer da Odebrecht", afirmou o juiz, dizendo que quem atuou em favor da empresa foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele afirmou também que seu trabalho na empresa era diferente do que está sendo apontado para se criar uma CPI.

"Trabalhei nessa empresa, que é uma empresa americana, é uma consultoria americana renomada, a Alvarez & Marsal, conhecida mundialmente. Para se ter uma ideia, ela foi responsável pela administração judicial do (banco) Lehman Brothers, após a quebra lá em 2008. Então, é uma empresa conhecida internacionalmente. E ela foi nomeada pelos juízes. Não foi escolhida lá pela Odebrecht. Foi nomeada pelos juízes no Brasil para administrar a recuperação judicial. Ou seja: no fundo, é trabalhar pros credores da Odebrecht. E eu não trabalhava nesse setor da empresa. Eu trabalhava em outro setor, em outro CNPJ, e depois trabalhei inclusive no exterior, sem qualquer relação aqui com a empresa no Brasil", completou.

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