Parlamento

Pacheco duvida de revogação de reformas, qualquer que seja o eleito

Presidente do Congresso diz que haverá diálogo, mas que revogação de medidas como teto de gastos e autonomia do BC dificlmente ocorreriam

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 16 de maio de 2022 | 23:13
 
 
 
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O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta segunda-feira (16) que não vê um cenário propício no Parlamento para que reformas como a trabalhista e a tributária, e outras medidas na linha do endurecimento das regras de responsabilidade fiscal, como o teto de gastos e a autonomia do Banco Central, sejam revistas, qualquer que seja o eleito em outubro deste ano. Líder das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito com frequência que quer derrubar algumas dessas medidas. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado nos levantamentos, também tem apontado a hipótese.

"O Senado Federal tem agora sob julgamento popular um terço de sua composição. Dois terços permanecem, salvo aqueles que vão disputar as eleições de governos de Estado ou outras eleições. Então, nós devemos manter um Senado Federal dentro do que é a composição hoje, dentro do que é a dinâmica atual do Senado Federal. Acho, particularmente, numa reflexão que faço assim muito branda e sem saber ainda do que vai ser o resultado eleitoral dessas eleições para o Senado Federal, que essas medidas de retrocesso, depois de nós termos aprovado no Brasil um teto de gastos, que é expressão pura de responsabilidade fiscal, que deve ser obedecido e respeitado, uma reforma trabalhista, que é uma reforma trabalhista também que mudou a relação e a liberdade entre empregador e empregado justamente para se gerar mais posições de emprego, uma reforma da Previdência, um marco legal do saneamento, autonomia do Banco Central, a lei da cabotagem, a lei das ferrovias, uma nova lei de sistema cambial, uma série de marcos legislativos que nós fizemos par proporcionar no Brasil estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica, acho muito difícil que o Congresso e o Senado Federal particularmente concordem em ter retrocessos nessas medidas", disse Pacheco, durante participação no programa Roda Viva.

Segundo ele, porém, isso não significa que o Senado estará fechado para propostas que possam aperfeiçoar essas legislações. "Mas revogar esse trabalho de, vamos admitir, oito anos para cá, que foi um trabalho de evolução legislativa, eu considero muito difícil de o Senado assimilar e concordar com isso. Mas repito, é uma casa madura capaz de dialogar com o próximo presidente, seja quem for dentro do propósito de boas contribuições para o país", finalizou.

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