Randolfe pede ao TCU que Mario Frias seja condenado a reembolsar os gastos de NY

Os gastos da viagem do secretário especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro, Mario Frias, a Nova York, nos Estados Unidos, estão na mira do Senado Federal.

Nesta quarta-feira (23), o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando abertura de investigação contra Frias. 

Ele voou de classe executiva, entre os dias 14 e 19 de dezembro de 2021. As passagens aéreas custaram R$ 26 mil.

Frias ainda recebeu R$ 12,8 mil em diárias e foi acompanhado de seu subsecretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, que gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, a viagem teve custo de R$ 78 mil, segundo dados do Portal da Transparência.

Na manifestação encaminhada ao TCU, o senador também requere que seja imputada a Frias uma condenação para ressarcimento do erário sob a justificativa de supostos gastos indevidos, além de outras sanções cabíveis, se o órgão concluir que houve irregularidade.

“A reunião caso fosse, de fato, necessária, poderia ter sido realizada de forma virtual. E não havia a necessidade de o secretário ter viajado acompanhado de seu assessor e de classe executiva — cujos preços da passagem costumam ser o triplo do valor da classe econômica”, defende o documento de Randolfe.

“O dinheiro público vem justamente dos tributos, em essência da classe mais baixa da população. Tais atos são uma verdadeira ofensa aos princípios que devem reger a atuação administrativa, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, acrescenta o senador.

Em outra frente, na segunda-feira (21), o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-PI), entrou com um requerimento de convocação do secretário da pasta vinculada ao Ministério do Turismo, chefiado por Gilson Machado. O documento foi protocolado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Confira abaixo a manifestação de Randolfe Rodrigues junto ao TCU:

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