Renan ameaça recorrer ao STF para garantir indicações à CPI da Braskem

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) informou nesta sexta-feira (1º) vai apelar às lideranças do Senado, na próxima semana, para tirar do papel e instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem na Casa. Criado em outubro, após leitura do requerimento de criação pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o colegiado é uma proposta do senador alagoano. 

A CPI foi criada em outubro, após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fazer a leitura do requerimento de sua criação. Renan pede urgência no início das investigações diante da iminente catástrofe ambiental em Maceió, onde bairros estão ameaçados de afundar diante do risco de colapso de uma mina de sal-gema na região da lagoa Mundaú, no Mutange. A petroquímica explora a área.

Apesar disso, a comissão não foi instalada por falta de integrantes indicados para preencher as 11 vagas de titulares e 7 de suplentes. As lideranças partidárias teriam sido acionadas por Pacheco há um mês, em 1º de novembro, mas apenas o MDB indicou seus representantes, com Renan na titularidade e Fernando Farias (AL) na suplência. 

Calheiros estuda a possibilidade de ingressar com ação ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que o próprio presidente do Senado indique, de ofício, os membros da comissão, caso as lideranças não os faça até 8 de dezembro. O Legislativo entra em recesso em 23 de dezembro.

A instalação da CPI da Braskem enfrenta resistência junto a adversários do grupo político de Renan em Alagoas. O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) é um dos críticos à presença do colega na comissão, pelo fato de ele ter presidido a Salgema, empresa que antecedeu a Braskem, entre 1993 e 1994. “É um elemento que vicia”, acredita Cunha.