A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado inicia nesta terça-feira (20) a votação do texto do novo marco fiscal. O arcabouço já passou pela aprovação da Câmara dos Deputados.
A regra cria os parâmetros de gastos públicos da União e estabelece que as despesas públicas só poderão crescer se existir aumento da receita. A proposta, enviada pelo governo Lula ao Congresso vai substituir o teto de gastos, vigente no país desde 2016.
A reunião da CAE terá início às 9h e terá dois momentos: debate com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e dois especialistas convidados. Depois disso, terá início a votação do projeto.
Se o texto do novo marco fiscal sofrer mudanças no Senado, a proposta volta para a Câmara dos Deputados para uma nova votação. Até o momento, foram apresentadas 41 emendas ao texto.
O relator da proposta do novo arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), já sinalizou que fará alterações no texto e retirar do projeto a inclusão do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Aziz também deve mudar o período de cálculo da inflação. O texto aprovado pela Câmara dos Deputados impõe como referência de junho de 2022 a junho de 2023.
O texto encaminhado pelo governo estabelecia explicitamente que não se incluía, na base de cálculo e nos limites estabelecidos pelo regime, os recursos relativos ao Fundo Constitucional do Distrito Federal. Ocorre que o substitutivo aprovado pela Câmara, de autoria do Deputado Cláudio Cajado (PP-BA), ao estabelecer seu rol de exclusões, não excluiu do teto de gastos as transferências para o FCDF.
. Para dar mais celeridade ao texto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com líderes partidários.
Além de defender o arcabouço, Haddad tentou evitar que o texto passasse por mudanças profundas. Para o governo, o cenário ideal é que o Senado mantenha o mesmo teor da proposta aprovada pelos deputados.
(com informações da Agência Senado)
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.