Milhares de imagens e vídeos que circulam pelas redes sociais mostram a completa destruição realizada por manifestantes em Brasília, no DF, na tarde deste domingo (8). Durante a invasão, Bolsonaristas depredaram de itens do patrimônio, como diversos objetos do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.

Móveis foram revirados e danificados, vidros quebrados, documentos espalhados e cadeiras arrancadas do chão. Ainda não foi possível especificar quais os danos, o que deve ser informado a partir da perícia da Polícia Federal nas edificações invadidas.

VEJA VÍDEO:  O secretário de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, mostrou o estado de destruição da sua sala, no Palácio do Planalto, invadido por vândalos neste domingo (8).

 

Os manifestantes, que não aceitam os resultados das eleições de outubro de 2022, também usaram uma mangueira de incêndio para inundar o local. 

Veja os itens que, até o momento, foram divulgados como alvos dos manifestantes radicais:

- Escultura “A Justiça”, feita pelo artista belo-horizontino Alfredo Ceschiatti em 1961, foi pichada

- Quadro "As Mulatas", do pintor brasileiro Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto, no DF

- Brasão da República que fica no plenário do STF

- Cadeiras dos ministros do STF, como a cadeira da presidente Rosa Weber, idealizada pelo designer Jorge Zalszupin, foi arrancada

- Porta do armário das togas do ministro do STF Alexandre de Moares

- Objetos e móveis da sala da primeira-dama, Janja da Silva

- Vitral  "Araguaia", de 1977, da artista plástica Marianne Peretti, que fica no salão verde da Câmara

- Vitrines do Congresso e do Planalto que exibiam objetos históricos

- Vidraças do STF - foram pichadas com frases do tipo "perdeu, mané"

- Janelas do Congresso, do STF e do Planalto

- Incendiaram uma lanchonete e, atrás dela, fica um painel do artista Athos Bulcão

- Mesas e armários dos prédios dos três Poderes

- Galeria de fotos dos presidentes da República que fica no Planalto

- Relógio do Século XIX que foi dado de presente para D. João VI

Patrimônio

Para José Nascimento, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram, entre 2009 e 2013, o Iphan deve avaliar todo o prejuízo após a invasão. "São crimes de dano ao patrimônio público", diz ele. "O Iphan pode fazer a imediata avaliação do que foi danificado e, então, cabe à Polícia Federal prender os terroristas." De acordo com Marcos Olender, diretor de projetos do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, é difícil mensurar o valor das obras danificadas. "Não existe realmente um valor para essas obras de arte que foram danificadas", afirma. "O que aconteceu foi muito grave." (com Folhapress)