ALMG

Deputado critica posição do governo de Minas e promete oposição na Assembleia

Ricardo Campos, deputado estadual eleito pelo PT: cada governo escolhe a forma de governar e tratar a política, o governo de Minas não escolheu a melhor forma.

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 27 de janeiro de 2023 | 12:40
 
 
 
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Toda a polêmica envolvendo a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para o próximo biênio acabou gerando um desgaste entre o governo de Minas e o legislativo. Essa foi a avaliação do deputado estadual eleito, Ricardo Campos (PT), durante entrevista para o programa Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (27/1).

"Cada gov escolhe a forma de governar e tratar a política, o governo não escolheu a melhor forma", avaliou Campos quando questionado sobre a acusação do deputado eleito Cristiano Caporezzo (PL) de chantagem por parte do secretário de Governo, Igor Eto, a fim de obter voto para o candidato do governo à presidência da Assembleia Legislativa. 

Segundo o parlamentar, as acusações de interferências, chantagens, liberação de recursos para parlamentares que ainda nem assumiram criaram um clima nada amistoso entre os dois poderes. "Não podemos ter um parlamento sem independência. O povo elegeu um parlamento assim e o governo tem que ter respeito", disse Campos. Para o petista, o governo deve estabelecer com os parlamentares um diálogo democrático e transparente.

Em relação ao bloco de oposição ao governo, Campos disse que a proposta é fazer uma oposição "coerente e responsável". O parlamentar promete usar o regimento interno da Assembleia para barrar projetos do governo que não contarem com a anuência dos deputados de oposição, como as privatizações da Cemig e da Copasa. Para Campos, o governo de Romeu Zema (Novo) precisa ter mais o diálogo com a sociedade.

O nome do deputado Tadeu Leite (MDB), que acabou sendo o escolhido para disputar em chapa única a presidência da ALMG, já era um nome preferencial do bloco de esquerda. Além disso, Campos, em defesa de maior representatividade no comando da Casa, foi um dos defensores de se indicar uma mulher, negra, no caso a deputada Leninha (PT), para participar da Mesa Diretora. Leninha será a 1ª vice-presidente da ALMG no próximo biênio.

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