ALMG

Deputado estadual quer relação harmônica com o governo, mas sem subserviência

Rodrigo Lopes, do União Brasil, defende que o Regime de Recuperação Fiscal seja discutido na ALMG para evitar danos aos servidores

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 30 de janeiro de 2023 | 10:53
 
 
 
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O deputado estadual eleito, Rodrigo Lopes (União Brasil), disse esperar uma relação de respeito e harmonia com o governo de Minas, "mas sem subserviência ao Executivo", destacou o parlamentar, durante entrevista para o programa Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta segunda-feira (30/1). "O que não pode é haver uma divergência tão latente como a que aconteceu nos últimos anos que beirou muitas vezes à omissão por não ter deliberado sobre essas pautas importantes, não para o governo A ou governo B, mas para o Estado", pontuou Lopes.

Rodrigo Lopes se referiu à relação controversa entre o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PSD), e o governo de Minas em relação a pautas como o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que ficou parado no legislativo sem ser apreciado nem votado durante quase os quatro anos do primeiro mandato do governador Romeu Zema (Novo).

O parlamentar ressaltou que, embora o partido não tenha feito parte da base de apoio de Zema durante a disputa eleitoral, adotando uma postura mais independente, existem muitas pautas em comum, como o RRF. Segundo Rodrigo Lopes, o projeto merece ser discutido pelos parlamentares. "Lamentavelmente o Estado chegou a essa condição, nós precisamos deliberar sobre isso, não dá para ficar protelando", assinalou.

O deputado lembrou que, por meio de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), o governador Romeu Zema (Novo) pode implementar o RRF, independente da deliberação da ALMG. "Eu acho isso muito ruim porque a gente vai ter uma visão unilateral. O parlamento pode contribuir para que os danos sejam menores na carreira do servidor, para que a gente possa discutir isso juntos", destacou Lopes.

Em relação à pauta de privatizações colocada pelo governo, como Cemig e Copasa, tem o apoio de Lopes, que se posicionou contra a privatização das áreas que ele considera prioritárias, como educação, saúde e segurança pública. "O governo é um mau empresário, seja federal, estadual ou dos municípios. Ele tem que se dedicar às pautas prioritárias e de interesse público e deixar os empresários cuidarem dessas outras pautas, áreas secundárias, como a Cemig e a Copasa", afirmou.

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