Congresso

Em crise, sigla vê derrocada

Redação O Tempo


Publicado em 02 de abril de 2012 | 23:58
 
 
 
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Brasília. Protagonista do cenário político no passado, o DEM (extinto PFL) perdeu seus principais quadros e hoje tem uma representação reduzida no Congresso.

As denúncias contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que era um dos principais nomes do partido, reforçam a crise iniciada em 2007, com a morte de Antônio Carlos Magalhães e a mudança de PFL para Democratas.

A bancada no Senado tem cinco senadores, um deles suplente. Em 2006, o partido chegou a ser a maior bancada da Casa, com 18 senadores. Na Câmara, a situação não é diferente. São 27 deputados. Até o ano passado, antes da criação do PSD, eram 43.

Além disso, em pouco mais de um ano, o partido perdeu a Prefeitura de São Paulo e os governos de Santa Catarina e Distrito Federal. Sua única governadora hoje é Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte.

No Senado, sem nomes com tradição no partido, José Agripino (RN) foi obrigado a acumular o cargo de líder e de presidente da legenda. A derrocada ganhou força em 2009, com o “mensalão do DEM”, que resultou na cassação de José Roberto Arruda do governo do DF. Mas o principal golpe veio em 2011, quando Gilberto Kassab criou o PSD, com quadros tradicionais do DEM.

Responsável por idealizar a mudança do PFL para DEM, o ex-senador Jorge Bornhausen filiou-se ao partido de Kassab ao lado de parte das bancadas no Congresso. Com isso, nomes de tradição do extinto PFL não conseguiram se eleger, como o ex-vice presidente Marco Maciel.

Agripino atribui a crise ao papel de “coadjuvante” que a sigla adotou nos últimos anos, apoiando o PSDB, sem candidatos próprios.

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