Entrega de imóveis

Em Fabriciano, Bolsonaro critica Lula, cita compra de vacinas e destaca obras

O presidente da República ainda defendeu, em agenda nesta quinta (26), no Vale do Aço, a preservação “a qualquer custo de valores cristãos

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 26 de maio de 2022 | 17:29
 
 
 
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Em pronunciamento de pré-campanha, em Coronel Fabriciano, nesta quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (PL), em pouco mais de dez minutos, adotou um roteiro direcionado para a própria base eleitoral. Antes de agenda em Belo Horizonte, Bolsonaro visitou o Vale do Aço, ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, e do ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira para inaugurar o Residencial Buritis, no Bairro São Vicente, em uma região periférica de Fabriciano. O conjunto habitacional de 500 apartamentos foi financiado pelo Programa Casa Verde e Amarela.

Já nos primeiros minutos do discurso, o presidente pontuou que, cada vez mais, vê as cores verde e amarela, assim como tem a certeza de que o Brasil se afastaria “do socialismo e do comunismo” e tem “um governo onde se acredita em Deus, respeita e defende a família brasileira”. “Somos um país eminentemente cristão. Os nossos valores devem ser preservados a qualquer custo. Não podemos admitir que quem ataca a família, quem defenda o aborto, quem fale em ideologia de gênero ou queira desarmar o seu povo queira ser presidente da República”, afirmou, em referência a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sem citá-lo.

Depois, Bolsonaro ainda voltaria a criticar a oposição ao lembrar veladamente do pleito presidencial. “Não esqueçamos que somos escravos das nossas decisões. Nós não queremos que o Brasil. Nós não queremos que o Brasil se transforme em uma Venezuela e também não queremos que o nosso Brasil se aproxime do abismo da esquerda, porque nós sabemos que o preço a ser pago por esse flerte é muito alto”, disse o presidente da República. 

O chefe do Executivo também afirmou que não admitirá quem queira tirar “o bem maior do nosso povo”, o que, conforme Bolsonaro, seria a liberdade. “Lá atrás, Salomão pediu a Deus sabedoria. Eu peço mais: peço força para resistir e coragem para decidir. Passamos por momentos bastante turvos no Brasil, mas tenho a certeza, tendo Deus ao nosso lado e o apoio da nossa população, (que) nós seremos uma grande nação”, apelou, depois de dizer que, no Brasil, “temos um povo feliz e que goza de liberdade”.

Em menção à pandemia, Bolsonaro reiterou que não fechou “uma casa de comércio sequer em nosso Brasil”, assim como utilizou eleitoralmente a compra de vacinas contra a Covid-19. “Para quem assim o quis, de forma voluntária, compramos mais de 500 milhões de vacinas em nosso país. Não obrigamos ninguém a tomar a vacina. Nunca exigi o passaporte vacinal e sempre respeitei a liberdade de cada um de vocês”, disse, reforçando o discurso de liberdade. 

Ao fim, Bolsonaro aproveitou a agenda para dizer que tem “a satisfação de entregar obras pelos quatro cantos do Brasil”. “Continuamos por todo o Brasil entregando obras, como entregamos a transposição do São Francisco. Era impensável, inacreditável, que brasileiros ainda sofressem com falta d'água no Brasil ou dependessem de favores de alguns políticos periodicamente para ter um carro pipa na frente de sua casa”, apontou.

Por outro lado, em momento algum Bolsonaro mencionou sobre o palanque que terá em Minas para as eleições. Embora tenha acompanhado o presidente, o pré-candidato ao governo de Minas Carlos Viana (PL) não foi mencionado, assim como não se pronunciou durante as preleções do evento.

Confira a íntegra do discurso de Bolsonaro:

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