Logo após a divulgação do resultado da eleição presidencial, representantes de empresas, entidades de classe e artistas expressaram as suas expectativas e apontaram os desafios que a presidente Dilma Rousseff terá nos próximos quatro anos.

Para o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) Olavo Machado Junior o maior desafio da presidente Dilma é unir o país. "O povo escolheu, a maioria a elegeu e isso isso tem que ser respeitado. Ela tem uma tarefa que ficou muito patente pela expressividade da votação do segundo colocado, que alguma coisa tinha que ser modificada. Esperamos que ela haja com a força que a presidência tem e com humildade de fazer a união de um país importante como o Brasil. Esperamos que ela faça um grande governo e traga mais desenvolvimento para o país. Não vai ser com a miséria que nós vamos melhorar o país, não vai ser com revanche e retaliações. Não cabe a indústria determinar o que gostaria ou não, cabe trabalhar para o desenvolvimento e respeitar o que o povo elegeu. Esperamos que o governo tenha capacidade de criar condições para que o país se desenvolva, pois a única maneira de atender aos anseios do povo que a elegeu é através do desenvolvimento. Que ela tenha humildade e competência para conseguir unir o país e começar o ano com uma nova perspectiva", afirma.

O presidente do SuperNosso Euler Nejm também parabenizou a presidente Dilma pela vitória. "Acho que ela realmente tem desafios e coisas a serem corrigidas, a própria eleição é prova disso porque foi muito apertada. Minas Gerais mais uma vez foi o fiel da balança, a decisão coube a Minas Gerais. Desejo boa sorte e que ela consiga, em primeiro lugar, unir a nação para que possam ser feitas as mudanças necessárias e que ela mesmo admite. Desejo sucesso nessa nova etapa de administração do país e creio que todo brasileiro vai apoiá-la, pois acima de tudo somos brasileiros", disse.

De acordo com o presidente da Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini, "o principal desafio do novo governo é restaurar a unidade e o otimismo da sociedade, ambos afetados pela polarização do embate eleitoral. O anseio coletivo é a redução da inflação e a aceleração do crescimento econômico, através de uma agenda de curto e longo prazos".

Para Belini, as prioridades da presidente devem ser no combate à inflação; na garantia de um ambiente favorável aos investimentos privados; rigor crescente nas contas públicas; realizar as urgentes reformas fiscal, trabalhista, da educação, política e da previdência; investir na qualidade da gestão pública em todos os níveis e manter a atenção nos programas de inclusão social. "Estes pontos preservam os fundamentos de uma economia estável e sustentável, base para uma sociedade inclusiva e capaz de cumprir uma agenda de longo prazo de desenvolvimento humano mais equilibrada”, acredita o presidente da Fiat.

Artistas

"Tomara que dê tudo certo, que a escolha tenha sido acertada. Eu não votei nela não, mas a maioria do povo votou. Então é torcer para que o povo tenha escolhido certo. A oposição ficou com menos de 2% de diferença, foi muito 'pau a pau', quase dividido, então acho que essa diferença vai dar uma movimentada legal na cobrança. Isso é positivo por um lado, porque a oposição vai estar muito próxima da situação, vai dar uma briga boa e quem ganha é a população. Os desafios não são poucos. Exercemos A democracia e fiquei feliz com a diferença mínima porque vai ser ótima para o povo", disse o músico Maurinho da banda mineira Tianastácia.

O instrumentista, cantor, compositor e ator Maurício Tizumba também aposta na unificação do Brasil. "A expectativa é que ela unifique o país que está praticamente dividido ao meio e essa unificação vai ter que ser feita de forma inteligente, pois o povo não é bobo. Quem a colocou hoje no poder sabemos que foram pessoas menos favorecidas e quem não a queria era da classe média pra cima. Então, ela vai ter esse desafio maior de unificar o país e combater com veemência a corrupção que todo mundo reclama, mas ao mesmo tempo dar continuidade a muita coisa que já iniciou, principalmente em relação ao povo negro, ampliar algumas coisas que iniciou e corrigir os erros. A expectativa é totalmente positiva pensando na continuidade das políticas afirmativas para o povo brasileiro", afirma.

O cantor e compositor, Flávio Renegado acredita na continuidade. "Temos que continuar nesse processo de mudança e transformação que começou há 12 anos. As urnas mostraram que o povo que a transformação, mas isso tem que ser feito com a cabeça tranquila e os pés no chão. O principal desafio no meu ponto de vista é continuar os avanços pelos projetos populares e sociais, dar acesso à população menos favorecida para que ela continue entrando nas universidades. Estou muito feliz, pelo que o povo demonstrou nas urnas. Com tranquilidade e euforia, temos que manter os pés no chão e continuar avançando e transformando o Brasil", disse.