O pré-candidato do Democracia Cristã ao Palácio do Planalto, José Maria Eymael, criticou o caráter eleitoreiro da PEC Kamikaze, ou PEC das Bondades, afirmando que ela precisou ser adotada justamente por conta da inação do governo em períodos anteriores, o que ele sugere que pode ter sido premeditado. Além disso, ele criticou as chamadas emendas do relator, conhecidas como orçamento secreto. As declarações foram dadas ao "Broadcast", do jornal "O Estado de S. Paulo".
"Essas tais de emendas do relator são o absurdo dos absurdos. É algo que tem que ser retirado, afastado. Essas emendas secretas que você não sabe a quem vai beneficiar. Isso é o fim. Isso tem que ser afastado imediatamente. Na política é fundamental a transparência. A transparência é vital", criticou o pré-candidato.
Em relação aos benefícios da PEC Kamikaze, promulgada na última semana, Eymael afirmou que são necessários em razão da grave situação em que se encontra parte da população brasileira. Ele diz que, se estivesse no Congresso ainda, votaria a favor em razão disso.
"Eu fico até pensando que nada foi feito (pelo governo para enfrentar a fome) antes até para fazer na véspera da eleição. Uma armadilha. Agora, no estado em que está, tinha que fazer alguma coisa. Nós não podíamos ficar de braços cruzados e as pessoas morrendo. Mas isso é decorrência da ausência de atitude do governo atual", disse ele, que afirmou que é preciso buscar mecanismos para que esse tipo de coisa não volte a acontecer pela "inércia do governo federal".
José Maria Eymael terá seu nome oficializado como candidato do DC no dia 31 de julho, em São Paulo. Além dele, o país tem hoje outros 11 pré-candidatos à Presidência da República. Seus nomes começarão a ser oficializadas a partir das convenções partidárias que começam na próxima quarta-feira. Saiba quem são os postulantes ao Palácio do Planalto.
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