Falha atrasa pagamentos de janeiro dos servidores estaduais de Minas

Parte do funcionalismo público do Estado ainda não recebeu a primeira parcela do salário do mês de janeiro. O pagamento deveria ter sido efetuado no último dia 10, porém, os servidores e pensionistas que têm portabilidade bancária para recebimento de vencimentos, não viram o dinheiro cair em suas contas. Nesta terça-feira, porém, o governo, reafirmou que todos os servidores receberam os valores no prazo. Clique aqui para ler.

O problema teria ocorrido devido à “transferência da competência da folha de pagamento para a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), concluída em janeiro de 2020, e a consequente troca de CNPJ da fonte pagadora”, conforme informou a própria Secretaria, por meio de nota.

Ainda segundo o governo do Estado, os casos ocorridos foram isolados e os prejudicados “foram orientados a realizar a transferência manualmente – via aplicativo, caixas eletrônicos ou qualquer agência do Banco do Brasil, sendo mantida a opção pelo saque do recurso – e a solicitar à instituição bancária de destino o registro do CNPJ da Seplag como fonte pagadora. Após esse procedimento, os próximos pagamentos serão transferidos automaticamente para a instituição bancária escolhida pelo servidor/pensionista”, garante trecho da publicação.

A Seplag informou também que não tem o levantamento do número de funcionários atingidos pelo problema, pois “a portabilidade é feita pelo servidor, diretamente com a instituição financeira”. Porém, a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, afirma que recebeu reclamações de professores de várias regiões do Estado, de não receberem o pagamento no último dia 10.

Entre as queixas também estão casos de servidores que teriam recebido os vencimentos em contas que já não movimentam mais. Além disso, Denise lembrou que a situação penaliza ainda mais o funcionalismo, que sequer recebeu o 13° salário, em dezembro do ano passado. “O governo do Estado fez uma manobra interna de alteração da competência do pagamento dos salários e quem paga a conta, mais uma vez, é o servidor público”, reclamou a coordenadora.

Denise também destacou que a situação acaba “acarretando outros problemas aos trabalhadores que se programam contando que o pagamento cairá em uma data e, quando isso não ocorre, pode acarretar juros para aqueles pagamentos que ficarem em débito com o banco”, explicou a sindicalista.

A Seplag informou que todas as orientações sobre a mudança na fonte pagadora e os procedimentos a serem adotados pelos servidores “foram publicadas no Portal do Servidor e no site da Seplag, além de atendimentos realizados por meio dos Recursos Humanos”.

13º salário

Por causa da crise fiscal atravessada por Minas Gerais, o governo não pagou o 13° salário de todos os trabalhadores no ano passado. Aqueles com salários de no máximo R$ 2 mil líquidos receberam integralmente o vencimento. Já os servidores da segurança pública ficaram de receber em três parcelas, sendo a primeira, já efetuada, em 21 de dezembro e as demais previstas para 21 de janeiro e 21 de fevereiro.

Os funcionários com remuneração acima de R$ 2 mil líquidos não receberam o 13º ainda. Na ocasião, o governo estadual informou que a data do pagamento seria anunciada somente este ano e que dependia do leilão do nióbio, ainda sem data prevista.