Economista por formação e com grande experiência na vida pública, já que ocupou diversos cargos políticos pelo Espírito Santo, Paulo Hartung tem viajado o Brasil como uma espécie de consultor político.

Ontem, ele esteve em Belo Horizonte, onde participou da décima edição do Fórum Liberdade e Democracia, evento empresarial que contou com a presença de diversas lideranças, como o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), a quem considera “um grande amigo”. Hartung, inclusive, tem atuado nos bastidores e ajudado o político mineiro.

“Ele (Zema) é bem sucedido na vida privada, e agora temos que ajudá-lo para que seja também na vida pública. Governar é muito mais complexo do que administrar uma empresa. Não sou eu que estou dizendo isso, é só ler o livro do Vicente Fox. Depois de ser o CEO da Coca-Cola internacional, ele foi ser presidente do México e se deparou com uma realidade dura. Zema é uma novidade na política mineira, e, em tudo que está me pedindo, estou ajudando. Vai ser muito bom para Minas e para o Brasil que seu governo seja exitoso”, afirmou.

Considerado o grande responsável pela recuperação fiscal do Espírito Santo nos anos 2000, Hartung se diz um entusiasta do Brasil e torce para seu sucesso, independentemente de partidos ou posicionamentos políticos de quem tem o poder. Na visão dele, a reforma da Previdência dá mostras que o país tomou um rumo.

“A sociedade amadureceu nos últimos anos, porque estamos vendo a tramitação da reforma da Previdência, que é complicada em qualquer parte do planeta. E, no Brasil, ocorreu um certo conformismo da população, não digo nem que seja apoio, mas um amadurecimento sobre a necessidade da reforma. Estamos vivendo mais graças aos avanços tecnológicos da medicina e, evidentemente, aquele cálculo atuarial do passado não vale mais. Me dá alegria ver que o país está maduro”, pontuou.

Sem partido atualmente, ele diz torcer pelo êxito do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas rechaça qualquer tipo de extremismo. “O que nós, brasileiros, temos que fazer é torcer para que ele (Bolsonaro) acerte o passo, essa camisa que é boa vestir. E os extremos não conseguem dar camisa a ninguém, se bobear tiram a pouca que a gente tem. Veja as atitudes do Donald Trump (presidente dos EUA). Não é questão de gostar, é de não ser certo esse caminho da intolerância, do ódio. Mas acho que esse vento vai passar, ele tem muito a ver com esse novo modelo de comunicação, com as redes sociais. Todo mundo com liberdade de falar o que pensa e postar imediatamente. Mas, devagar, as coisas chegam num ponto de equilíbrio”, completou Hartung.