SOCORRO FEDERAL

Gripe e leptospirose no RS preocupam Ministério da Saúde; pasta destinou R$ 1,7 bilhão ao Estado

O Ministério da Saúde garante que não faltam remédios nem vacinas no Rio Grande do Sul, mantendo a regularidade no abastecimento de kits de emergência, insumos e medicamentos

Por Renato Alves
Publicado em 22 de maio de 2024 | 12:28 - Atualizado em 22 de maio de 2024 | 13:02
 
 
 

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde aplicou R$ 1,7 bilhão em medidas emergenciais no Rio Grande do Sul desde o início das enchentes, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (22). Ao todo, o governo federal destinou R$ 60,7 bilhões ao Estado em função dos danos provocados pelos temporais

Do montante do Ministério da Saúde, R$ 135,9 milhões foram destinados à reconstrução e fortalecimento de estruturas, sendo aplicados em mais de 30 municípios. Outros R$ 66,3 milhões foram para compra de medicamentos e insumos.

O Ministério da Saúde garante que não faltam remédios nem vacinas no Rio Grande do Sul, mantendo a regularidade no abastecimento de kits de emergência, insumos e medicamentos. 

Na semana passada, o Estado recebeu cerca de 30 mil frascos de insulina, 287 mil canetas e 1,8 milhão de agulhas de aplicação. Na segunda-feira (13), chegou em Porto Alegre mais 43 mil frascos, 330 mil canetas e 1 milhão de agulhas. 

Por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a pasta enviou, em 5 de maio, 200 mil doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatites A e B, coqueluche, meningite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola, raiva e picadas de animais. 

Doenças respiratórias e leptospirose preocupam mais

O Ministério da Saúde reconhece que, com as águas baixando, a maior preocupação neste momento são as doenças respiratórias – que devem aumentar com a previsão de frio intenso ao longo da semana – e a leptospirose, doença infecciosa geralmente transmitida pela urina dos ratos.

O Estado registrou nesta semana as duas primeiras mortes por leptospirose,  uma em Travesseiro, no Vale do Taquari, e outra em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Embora a leptospirose seja considerada endêmica no Estado – ou seja, em circulação sistemática no ambiente –, episódios como alagamentos aumentam o risco de infecção.

Confira o balanço de atendimentos pelas unidades do Ministério da Saúde em três semanas de catástrofe no Rio Grande do Sul:

  • Total de atendimentos: 4.471
  • Equipes volantes: 1.312
  • Remoções aéreas: 57
  • Atendimentos psicossociais: 140

Principais ações do Ministério da Saúde nos trabalhos de socorro no RS: 

  • Instalação de 4 hospitais de campanha (três operando em Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo; um em fase de montagem em Novo Hamburgo);
  • Disponibilização de 130 kits de emergência com mais de 40 tipos de insumos e medicamentos para atender 300 mil pacientes;
  • Facilitação da retirada de medicamentos do programa Farmácia Popular;
  • Envio de mais de 300 mil imunizantes ao RS, além do repasse de rotina;
  • Cerca de 150 pessoas atuando no estado pela Força Nacional do SUS.

Ao menos 303 mil edificações residenciais foram alagadas no RS

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul afetaram 464 dos 497 municípios do Estado e causaram mais de uma centena de mortes. O desastre climático ainda afetou o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis. 

Veja os números mais recentes da catástrofe, divulgados pela Defesa Civil na manhã desta terça-feira:

  • Mortos: 161
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 82
  • Pessoas em abrigos: 71.503
  • Pessoas desalojadas: 581.633
  • Pessoas afetadas: 2.341.060
  • Pessoas resgatadas: 82.666
  • Animais resgatados: 12.358
  • Municípios afetados: 467 (de 497)
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